Despretensiosa, sem muito alarde e oba-oba, a música ‘PASSARINHO’, agradável e gostosa de ser ouvida na voz suave da Irmã Kelly Patrícia, se reveste de oportunidade ímpar para uma profunda reflexão de todos nós, em todos os sentidos.
Com os humanos colocando o mundo de pernas para o ar ou de cabeça para baixo como queiram, vilipendiando-o e o emporcalhando-o com tudo de repugnante e reprovável, ela nos permite raciocinar e imaginar que DEUS aceite-nos com todas nossas falhas.
A melodia, se bem ouvida e refletida, sintetiza a constatação de todos nós que não dá esperar o Amor DIVINO em função de nossas mazelas, de nossos desmandos, de nossos arroubos, de tantos posicionamentos reprováveis e….Como aceitar-nos como somos?
O Passarinho, embora não seja uma águia com sua pujança e imponência, possui o desejo de voar sem limites e de realizar as travessuras da águia. Somos passarinhos quando sonhamos? O Passarinho, aqui, é apenas uma simplória metáfora.
Ocorre que o ser humano, um simplório mortal, reconhecendo seus equívocos e impropriedades, ainda assim busca se aproximar de Deus todo poderoso, constatando que mesmo nos momentos de adversidades, ainda que não mereça, o DIVINO se faz presente em nossas vidas.
A mensagem final da música, se assim entendida, é de confiança plena, com o ser humano/passarinho nas mãos de Deus, tendo a proteção e o direcionamento para a prática de boas ações. Seguir em frente, com muita fé, muita paz, muita alegria e infinita humildade.
Questões emocionais, decepções, frustações, cansaços excessivos em função de revezes da vida estrão sintetizados na melodia em comento, levando desesperanças a pessoas e lares. Cansados de lutarem. Estão por demais machucados.
Passarinhos soltos, pousando em lugares seguros em que possam repousar. Com ou sem companhias. Ainda que muito aquém dos horizontes e limites próprios da ÁGUIA. Certos de suas limitações, os primeiros agradecem.
Enquanto isso, a soberba atual de acharmos que tudo podemos, que podemos dominar o mundo, não passa de uma falácia ou mesmo de bravatas próprias dos inconsequentes. Tudo passará, tudo cairá por terra. Uma questão de tempo. O tempo urge.
Devemos ser tipo Passarinhos, soltos a voar dispostos a encontrar lugar/ninho seguro, ainda que com outros tenhamos que dividi-lo. Não importa, desde que tenhamos humildade, o que se apresenta muitas vezes como obstáculo maior.
O que temos à vista, a nosso redor? Desafios que não são poucos. Todos passíveis de serem enfrentados. Alguém se lembra da história do passarinho levando “água no bico” para apagar o incêndio de uma floresta? Fazia e fez sua parte… E nós?
Somos todos meros passarinhos, limitados diante das poderosas águias. Ainda assim, ainda que pequeninos, podemos voar e aspirar ao Sol do Divino Amor. Como se águias fôssemos. Tenhamos ciência de nossa dimensão, de nosso tamanho e de nossa caminhada.
Em nossa diminuta passagem pelo mundo dos humanos, aquele criado pelo dono do Universo, esforcemo-nos todos para sermos BONS PEQUENOS PASSARINHOS, com as mãos estendidas e com incansáveis idas e vindas à floresta, buscando apagar o incêndio. Tenhamos fé.
(*) Ex-atleta
N.B. 1 – Afora o oba-oba dos veículos da imprensa para aumentarem suas audiências, o que realmente fará dona CBF e os poderosos dirigentes do futebol brasileiro em relação a deplorável declaração do presidente das CONMEBOL? Apenas uma simplória nota oficia de repúdio?
N.B. 2 – Como bem disse um conceituado jornalista da velha guarda, afora nossas críticas e reclamações, o que efetivamente nosso país, incluindo o mundo do esporte, tem feito para combater com rigor o RACISMO?
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Clique e ouça a notícia Sou atleticano, já fui muito mais, já fui doente pelo Galo, apaixonado, hoje continuo atleticano como sempre fui, mas sem a paixão fogaréu da
