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Por que nos apaixonamos?

FOTO: Freepik

Quem nunca sentiu aquele frio na barriga só de ver uma pessoa especial? Ou ficou com o coração acelerado quando o celular vibrou com uma mensagem inesperada? A paixão é isso: um turbilhão que mistura corpo, mente e emoção. Mas, afinal, por que a gente se apaixona?

A ciência já deu algumas pistas. Nosso cérebro, quando encontra alguém que chama a atenção, começa a liberar uma verdadeira “farmácia interna”: dopamina (que dá sensação de prazer), adrenalina (responsável pelo coração disparado e pelas mãos suando) e ocitocina (a famosa “hormônio do abraço”, que ajuda a criar conexão e proximidade). É como se o corpo desse uma forcinha para que a gente se aproxime de quem despertou o interesse.

Mas não é só química. A psicologia mostra que nos apaixonamos também porque carregamos histórias, lembranças e expectativas. Muitas vezes, o que nos atrai em alguém não é apenas aparência ou simpatia, mas algo que ressoa lá dentro, o jeito de olhar, a forma de falar, ou até características que lembram momentos marcantes da nossa vida. A paixão, nesse sentido, também é espelho: revela desejos e necessidades que, às vezes, nem sabíamos que estavam ali.

Do ponto de vista evolutivo, apaixonar-se tem uma função prática: aproximar as pessoas, criar laços, favorecer relacionamentos e, claro, garantir que a espécie siga em frente. Só que, na vida real, ela acaba cumprindo outro papel: o de dar cor à rotina. A paixão nos tira do automático, faz a gente se sentir vivo e nos convida a olhar o mundo com frescor.

É claro que a paixão é passageira, ninguém vive permanentemente nesse estado de euforia, mas talvez seja justamente isso que a torna tão especial. Ela é como uma faísca: acende, aquece e, muitas vezes, prepara o terreno para algo mais profundo, como o amor.

Em resumo: nos apaixonamos porque somos seres biológicos, emocionais e relacionais. Porque precisamos do outro, mas também porque gostamos da sensação de sermos arrebatados. A paixão é ciência, mas também é poesia. E talvez seja esse equilíbrio entre explicação e mistério que a torna irresistível.


(*) Luiza Freitas Vieira, psicóloga, pós-graduada em Neuropsicologia pela Unifesp  CRP 04/62350

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