A esperança de um final de ano diferente do começo da pandemia não aconteceu
Dezembro já chegou e o clima natalino parece não ter se despertado em Governador Valadares. Já são duas semanas em que o município se encontra na onda vermelha do Programa Minas Consciente, fase mais restritiva da abertura do comércio. A decoração do projeto “Natal Iluminado”, por exemplo, ainda é uma incógnita. Ou seja, no cenário em que Governador Valadares se encontra, tudo indica que em 2020 as vendas de Natal serão insuficientes para alavancar a retomada do comércio.
O Diário do Rio Doce procurou saber com as entidades de classe e com o GV Shopping como será o planejamento de Natal até o fim do ano.
Natal Iluminado 2020
O presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE-GV), Jackson Lemos, explicou que, enquanto a cidade estiver na onda vermelha do Minas Consciente, não será possível a ACE-GV programar nada. Por enquanto, a entidade e a Prefeitura, que é parceira do projeto, estão aguardando a próxima deliberação do comitê Covid-19 sobre a situação de Valadares na pandemia.
“No momento, estamos na onda vermelha do Minas Consciente, e qualquer iniciativa de campanha ou decoração de Natal seria irresponsável, pois causaria aglomeração. Sendo assim, para qualquer decisão de incentivo ao comércio no mês de dezembro, temos que aguardar a decisão do Governo do Estado, nesta quarta-feira, para saber se ficamos na onda vermelha ou se progredimos para a onda amarela. Aproveitamos a oportunidade para insistir junto à comunidade e aos comerciantes que estão autorizados a funcionar que usem máscara e mantenham o distanciamento, seguindo o protocolo que leva à diminuição da contaminação. Caso contrário, corremos o risco de passar o Natal na onda vermelha, pois a situação é grave e requer atenção e conscientização por parte de todos”, comentou Lemos.
Em reportagem publicada no dia 10 de novembro no DRD, quando Governador Valadares estava na onda amarela, Jackson havia afirmado que, caso tivesse o Natal Iluminado, não seria com o mesmo investimento de anos anteriores. O planejamento é fazer uma decoração mais simples. Mas sem perder o objetivo principal, que é ajudar os comerciantes a incrementarem as vendas de Natal e de final de ano.
GV Shopping
A direção do GV Shopping decidiu não fazer nenhuma campanha de Natal. De acordo com a direção, para a execução de uma ação dessa proporção, são necessários investimentos, logística e tempo hábil para planejamento e execução. Neste ano só foi montada a tradicional decoração na praça de eventos.
“Como ao longo de todo este ano estivemos em diferentes momentos da pandemia, não poderíamos arriscar tal estratégia sem ter a certeza de que o investimento seria viável. Ressalto que houve todo um empenho da gestão do GV Shopping em oferecer um lugar seguro para todos, implantando sinalização interna e externa, disponibilização de álcool em gel no mall e uso de EPI´s (Equipamento de Proteção Individual), medição de temperatura, entre outras ações. Além disso, tivemos o cuidado e a atenção em não deixar de criar um ambiente natalino com uma decoração de natal que encanta a todos que vêm ao GV Shopping”, respondeu Débora Santana, auxiliar de marketing do GV Shopping.
Segundo Débora, a pandemia impactou vários setores, comprometendo o planejamento das campanhas promocionais no empreendimento. “Assim como em toda a economia mundial, a pandemia também trouxe reflexos na nossa operação. Ao longo deste ano, Governador Valadares passou por diferentes fases dessa nova realidade, o que também exigiu das pessoas novos comportamentos em relação às compras e às atividades de lazer. Portanto, houve momentos em que a economia sofreu com o fato de as pessoas ficarem em casa, mas acreditamos sempre que é preciso, sim, atender às orientações do poder público para preservar a saúde das pessoas.”
Concurso vitrine premiada é cancelado
Os efeitos da onda vermelha impactaram as campanhas de Natal, que atraem os clientes para as lojas. Mas do que adianta decorar a loja se não pode abrir?
Na semana passada a CDL-GV usou suas redes sociais para comunicar o cancelamento do concurso “Vitrine Premiada”, que iria premiar as lojas com as vitrines mais decoradas da cidade. A premiação chegava a R$ 10 mil. O motivo seria o momento de incertezas sobre o funcionamento do comércio.
