Na terra de Cabral oficialmente foi encerrada a temporada futebolística, restando aos boleiros, em gozo de merecidas férias, promoverem e participarem de jogos festivos, também com participação de celebridades que maltratam a “Maricota”. Faz parte…. Ainda bem que alguns jogos têm caráter filantrópico.
Nas Minas Gerais, no tocante ao Brasileirão da série A e o Brasileiro da série B, nossos representantes ficaram pelo meio de ambas as tabelas, frustrando seus torcedores que sonharam e sonhavam com conquistas e posições de relevo, com influência na programação e calendário do ano que está por vir.
O Galo das Alterosas, com pompas e muito dinheiro, também com um plantel que se achava recheado de craques de primeira linha, foi bem nas copas chegando às finais, porém saindo derrotado em ambas.
As derrotas por si só não caracterizariam demérito algum, eis que os adversários, de primeira linha e do andar de cima do futebol brasileiro na atualidade, fizeram por merecer as respectivas conquistas. A questão maior é que o GALO não apresentou um futebol digno e esperado em ambas as finais. Ao contrário, decepcionou e muito.
No Brasileirão seu desempenho e atuações foram bizarras ao ponto de chegar, na última rodada do certame, matematicamente com possibilidade de mais um rebaixamento em sua rica história no futebol nacional. Salvou-se, mas…. já sobrou para o “treineiro”.
Quanto ao CABULOSO das cinco estrelas, saindo de um equilibrado Ronaldo Nazário para as mãos de um fanático, poderoso e passional Pedrinho BH, teve altos e baixos na temporada, caindo vertiginosamente de produção na reta final do Brasileirão e terá que se contentar, para o próximo ano, com a classificação para a Sul Americana.
Equivocadamente há quem acredita que o plantel do Cruzeiro é bom e está altura de encarar os principais rivais do país. Ao contrário, raras exceções, é um grupo para ficar no meio de tabelas e não correr risco de rebaixamento.
Também a volúpia de seu CEO Alexandre Mattos, para não dizer outras coisas, preocupa. Há de se ter um planejamento com metas e objetivos claros a serem atingidos, paulatinamente. O sensacionalismo não é bom. Também faz mal para a saúde e com o ingrediente de Fernando Diniz pode dar m… . – Queira Deus que não.
Chegamos ao DECA ou América como queiram – de Jair Bala, Fernandão, Bijú e Yustrich -, tempos da Alameda e que não se houve bem este ano na disputa do Brasileiro da série B. Dele se esperava muito mais, em especial uma das quatro vagas ao acesso à série A. Iniciou bem, porém foi caindo ao longo da disputa, não logrando êxito. Quem sabe em 2.025?
Bem estruturado, com gestores conceituados, o América das Minas Gerais trabalha e muito bem, as categorias da base. Revela valores e não faz loucuras, o que faz do clube do HORTO ser o segundo clube do torcedor mineiro, salvo o torcedor valadarense por razões óbvias. Alguém se lembra? Deixa pra lá.
Em um país continental como o nosso, foi-se o tempo que os grandes clubes do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul ditavam normas, ocupavam todos os espaços e eram absolutos. Surgiram novos clubes em quantidade e qualidade, independentemente do tamanho e tradição dos estados ou mesmo cidades em que se situam.
Assim, caberá aos nossos representantes maiores – os chamados grandes de Minas, reverem conceitos e se planejaram devidamente para que no ano que se avizinha possam proporcionar a seus torcedores as alegrias esperadas e que são merecedores.
Para inicio de conversas, que façam do estadual, ainda que pouco valorizado e esvaziado, laboratório de suas experiências e acertos objetivando alcançar objetivos plenamente exequíveis. Certamente que o torcedor agradecerá.
(*) Ex-atleta
N.B. 1–Por questão de justiça, como a coluna faz referência aos maiorais das Minas Gerais, cabe novamente o registro de que, também de nosso Estado aportou na Série B do próximo ano o Athletic Club de São João Del Rei, fruto de organização impar de fazer inveja a muitos outros. Oxalá seja mantido o projeto implementado.
N.B.2- Segundo observadores internos e externos, foi bem o XIX Encontro dos Boleiros realizado no último dia 15, nas dependências do Coope. Objetivos alcançados e expectativa de crescimento do Projeto Pingo D’Água, voltado para pequenas ações solidárias.