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O affair John Arias

Registra a história que após seu descobrimento nosso país se serviu do trabalho escravo de um batalhão de pessoas originárias da África, lembrando nossas antigas professoras dos ‘navios negreiros’ repletos de pessoas a quem eram impostas e se sujeitavam aos mais árduos sofrimentos, inclusive corporais. Página obscura de nossa história.

Para os amantes do verdadeiro futebol – daquele que se foi e não volta mais, saudades dos ídolos eternos que se imortalizaram na defesa das cores dos clubes que defendiam e também pelos quais torciam. Inimaginável nos dias atuais, em que pese os falsos beijos nas camisas em determinadas situações. Haja falsidade.

Nossos antigos jogadores foram sim, verdadeiros escravos de nossos clubes e de nossos dirigentes. Graças a Felício Brandi e outros do gênero, ainda temos muitos ex-atletas na casa dos 80 com seus ‘passes’ presos a determinados clubes. Inclusive por aqui e região.

Foram libertos, ainda que se possa discutir a legislação atual em que os clubes, em determinadas situações, acabam ficando no prejuízo. Dever-se-ia buscar um equilíbrio entre as partes envolvidas. Nem tanto ao Céu, nem tanto à terra. Tem faltado o olhar do legislador pátrio.

São passados alguns anos em que o ‘tricolor das Laranjeiras’, também conhecido como Fluminense, foi buscar na Colômbia um jovem desconhecido, raquítico, em processo de formação como atleta de futebol e com passagens por clubes sem maiores expressões daquele país. Uma ‘aposta’ que deu certo mediante desembolso de uma merreca.

O baixinho de cor negra, amável, sorridente e de hábitos simples, sem querer, mas querendo, de maneira quase que desapercebida, se tornou peça capital em um plantel limitado e não mais figurante na prateleira de cima do futebol brasileiro.

Deu no que deu. Com a jaqueta ou ‘camisola’ do tricolor das Laranjeiras, além de encantar o torcedor e simpatizantes de um bom futebol, JOHN ARIAS deu ao clube dois campeonatos estaduais, uma impensável LIBERTADORES e uma Recopa.

Aí veio o tal de mundial de Clubes – nos EUA – e o tricolor, pelo título da Libertadores, acabou tendo vaga na disputa. Ao contrário do que diziam os críticos, o clube foi a surpresa agradável do mundial e abocanhou um fantástico quarto lugar.

John Arias foi deslumbrante em toas as partidas em que tomou parte, chegando a ser cotado como o craque do certame. Não o foi. Mas figurou no seleto grupo da seleção do mundial, acompanhado de seu companheiro de clube – o Monstro Thiago Silva.

John Arias com muita clareza, com muita sinceridade, sempre colocou como projeto de vida profissional atuar em um clube da Europa, não visando somente a parte financeira, mas também conhecer e vivenciar novos hábitos e cultura, ao lado de seus familiares. Direito legítimo de quem está prestes a completar 28 anos de idade.

Cumpriu todos os compromissos assumidos com o clube, inclusive os não escritos. Honrou a palavra empenhada. Pleiteou apena e tão somente, da parte do mesmo clube, que honrasse os compromissos havidos. Foi injustamente criticado e incompreendido.

John Arias se transferiu para o Wolverhampton da Inglaterra. Clube apenas mediano. Foi e está na terra da Rainha para realizar seu legítimo sonho. Antes, rejeitou propostas financeiras muito melhores, porém, em clubes de países onde as liberdades e direitos humanitários são exceções.

John Arias, como poucos, em tão pouco tempo – foram apenas quatro anos – fez história no Fluminense e deverá sim, sempre ser lembrado quando as glórias do clube forem contadas ou lembradas. Obrigado JOHN ARIAS, – o Colombiano mais amado no Brasil.                                                                                                                       


(*) Ex-atleta

N.B. 1 – Retorno do Brasileirão e a ‘juizada’ fazendo merda para ninguém botar defeito. E o peso das camisas continua prevalecendo. E os poderosos se dão bem.

N.B. 2 – A imprensa ‘nervosa’ acaba de eleger sua nova vítima de nosso futebol. O dirigente português conhecido como BOTO. Já está sendo fritado.

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