Marcelle Justo (*)
Uma frente fria tomou conta do país esta semana e derrubou as temperaturas. Na Serra da Mantiqueira, por exemplo, os termômetros oscilaram entre 6 e 10 graus. Então para esquentar o corpo e adoçar a alma no inverno congelante, decidi trazer uma seleção de três vinhos de sobremesa produzidos na região Sudeste. Com teor alcoólico mais elevado e dulçor acentuado são ideais para acompanhar lanches ou finalizar as refeições.
A vinícola Estrada Real, pioneira dos vinhos da dupla poda, tem o Croque Mort, feito com a casta branca do sudoeste francês Petit Manseng. De colheita tardia, as uvas são cultivadas em Caldas (MG), próximo às fileiras de Chardonnay. Mas são apenas 0,2 hectare, com pequena produção em garrafas de 375 mililitros.
Da Casa Verrone, o fortificado da casta Cabernet Sauvignon fica três meses em tanque de inox, sem barrica e não filtrado. Entre os citados, seria o ideal para harmonizar com chocolates.
Completando o trio, chega o Litúrgico da Casa Geraldo. Elaborado a partir da fortificação dos vinhos Moscato, Cabernet Sauvignon e Merlot, com adição de destilado e açúcar, passa por estágio de três anos em tonéis de amendoim e pereira. Apresenta cor âmbar e aromas maduros de frutas passas. Aliás é muito utilizado em missas canônicas, mas pode perfeitamente estar no chá das cinco na sua casa e fazer você se sentir muito abençoado!
DUPLA CIDADANIA
A Estrada Real também oferece o Heità, uma importação exclusiva. É um vinho feito da casta Petit Manseng de colheita tardia da região de Moncaut, na França, produzido por Thibaud Salettes, um dos sócios franceses da vinícola.
HARMONIZAÇÃO
Os vinhos doces da casta Petit Manseng, de acidez pronunciada e aromas de frutas de caroço, harmonizam com sobremesas como tortas de pêssegos, abacaxi ou damasco. Enquanto o vinho Litúrgico é a companhia ideal para bolos no estilo panetone.
(*) Jornalista e especialista em vinhos
| Instagram @marcellejusto
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