(*) Luiz Alves Lopes
Virada de ano, período de férias, recesso futebolístico; torcedores e mídia raivosa ficam a ver navios, ávidos para verem a bola rolar novamente, com os primeiros loucos para extravasarem seus sentimentos e paixão pelo clube que abrigam em seus corações.
Independentemente do que pensava ou mesmo possa pensar Fernando Diniz, para os torcedores do Tricolor das Laranjeiras, a m…, de autoria do despreparado e desqualificado presidente da CBF, não poderia deixar de ser ou de se transformar na melhor notícia para quem tem no Campeão das Américas e Vice Campeão do Mundo o clube de sua predileção.
Confederação Brasileira de Futebol – dona CBF, que coisa feia. Que exemplo para o mundo do futebol. Ética, dignidade, respeito, razoabilidade, conduta humanitária, são procedimentos e ações que não figuram no dicionário de seus dirigentes e subordinados. Têm dificuldades em olhar nos olhos das pessoas. Uma pena.
O pior de tudo é que temos que bater palmas para o STF ao reconduzir o tal de Ednaldo Rodrigues para a direção da entidade mater do futebol brasileiro. Foi eleito para um determinado período e tal procedimento deve ser respeitado. A isto chamamos Estado Democrático de Direito. Votar errado no Brasil é praticamente uma rotina.
E quando novas eleições ocorrerem na Confederação Brasileira de Futebol, novos atores voltarão à cena, mantendo-se velhos hábitos, politicagem, interesses escusos, apadrinhamentos e tudo mais tido e havido como repugnante.
Se para se apresentar como candidato uma pessoa precisa estar rotulada por 8 federações estaduais, constata-se que o processo é eivado de armadilhas, de subterfúgios e maracutaias que estão arraigadas no ventre do futebol brasileiro. Uma praga difícil de ser estirpada.
Para os da melhor idade e de boa memória, não custa lembrar, relembrar e de se orgulharem da nobre e exuberante lição da lavra de Murici Ramalho – um discípulo de Telê Santana, quando um desqualificado dirigente da mesma CBF tentou utilizá-lo em busca do estrelato. Deu-se mal, eis que tinha pela frente um profissional altamente qualificado, inclusive no quesito caráter.
No tocante ao mercado da bola, temos de tudo e um pouco mais, não faltando desequilíbrio emocional, falta de responsabilidade e destempero de alguns dirigentes, contratando a torto e a direito sem pensar em consequências futuras. Sem falar em tentativas frustradas.
La para as bandas das Arábias começaram a surgir os primeiros arrependimentos por parte de atletas renomados e que se equivocaram quando concluíram que dinheiro é sinônimo de felicidade. Por lá a vida não é bela, viu Bolivar?
Como o período é de férias e vale tudo, vem aquela senhora da emissora poderosa, certamente desconhecendo “quantos gomos tem uma bola” e do que ela é feita, tecendo considerações revoltantes em relação ao novo técnico da seleção brasileira, dizendo com arrogância incomum ser ele “coisa muito pior do que os 7×1”. Deplorável. Será que será mantida na função? Pobre Maestro Júnior em ter que conviver com uma víbora…
Pensar no que poderá ocorrer com o garotão ENDRICK no ataque do Real Madrid, ao lado de seus compatriotas Vinicius Júnior e Rodrigo, sob o comando do discreto e competentíssimo Carlo Ancelloti? Provavelmente dará coisa boa. É aguardar para ver.
0s estaduais já começaram e por aqui o Democrata Pantera faz sua estreia no meio da semana sob expectativa de seu exigente torcedor; no geral, fofocas, intrigas, futricas e falcatruas se fazem presentes no mundo esportivo do futebol brasileiro, desafio intransponível para os futuros gestores da Confederação Brasileira de Futebol. 0 tempo dirá.
Masoquistas que somos, resta-nos torcer e sonhar para o surgimento de novas e sadias lideranças em nosso futebol, vindas a reboque das SAF’s ou mesmo inspiração de outras partes do planeta, fazendo retornar a alegria e o encanto ao nosso esporte rei. É querer demais?
(*) Ex-atleta
N.B.1 – Ao ver a bola rolar no mais charmoso campeonato estadual que é o carioca, lembramo-nos dos ausentes AMÈRICA (que já foi grande), Bonsucesso, São Cristóvão, Olaria e Canto do Rio. Bons tempos.
N.B.2 – Não menos verdade que nas Minas Gerais as lembranças, dentre muitas, recaem sobre o Valério de Itabira, o Renascença, o Siderúrgica, o Araxá, o Asa, o Meridional, o Metalusina, o Curvelo e o Nacional. 0 tempo passa.