Em todos os setores e momentos da vida mundana, enchemos o peito e jogando para a plateia dizemos em alto e bom som que “somos humildes”. Ao dizê-lo ou ao simplesmente ao assim nos expressar, estamos confessando que de humilde nada temos.
Simpatias e antipatias à parte, por mais de cinco décadas conceituado narrador esportivo da “poderosa” dominou o espaço maior da mídia nacional nas transmissões esportivas de vários esportes, marcando território e fazendo prevalecer suas visões e entendimentos.
Encerrado seu ciclo na poderosa e com idade já avançada, consequentemente com linguajar claudicante, sem refletir sobre seu momento, circunstâncias e realidade da vida, voltou a outro canal midiático com a esperança de fazer novos sucessos.
Não se deu bem. Pelo contrário, uma verdadeira lástima. De fazer dó. Voz embargada, gafes e equívocos contínuos, trocando nomes de atletas por ocasião das narrações, desconhecendo outros tantos, enfim, situação desconfortante para quem um dia se achou DEUS. E nunca foi…
Já tivemos oportunidade de registrar que em todos os setores da vida – incluindo atletas, agentes políticos e outros menos votados, devemos observar, entender, aceitar e respeitar o momento de parar, de encerrar ou interromper atividades. O tempo é inexorável.
Naquilo que chamamos de crepúsculo, deve haver transição e transformação. Muitas vezes, diante de determinadas situações, exercemos sentimentos de nostalgia, reflexão e melancolia, o que pode ser visto como um símbolo de passagem do tempo, onde os personagens enfrentam mudanças profundas.
Ele pode marcar o fim de um dia ou de um tempo, nos lembrando que tudo na vida é transitório. Para cada experiência ou alegria, de sucesso, pode haver um toque de tristeza, de derrota. Às vezes devemos, ao fim do dia, ou de um determinado tempo, refletir sobre nossas vidas, nossos anseios, nossos projetos.
Em nossa mente, podemos elaborar pensamentos e sentimentos. Mais do que um simples fenômeno a iniciativa representa um esforço de transformação, convidando-nos à reflexão de momentos que às vezes passam despercebidos.
Com humildade e esforçando-se para ler além do literal, é possível chegar a conclusão de que o momento chegou para determinada jornada. Quem sabe, com humildade, dá para constatar que há muito mais que pode ser exercitado. 0 exemplo, o sorriso, a trajetória, tudo pode ainda ser levado em conta e passado adiante. Basta querer…basta ter humildade.
Por nossas bandas, nada é diferente. Existem aqueles que se acham, que inviabilizam, que dificultam, que interferem, que dão vexame, dão contratestemunho e jogam no lixo ou na sarjeta tudo de bom, de belo, de gratificante, que fizeram no passado. Não se dão conta do mal que andam fazendo.
Há também a turma do” fogo de palha”, da empolgação momentânea, com iniciativas passageiras, de envolvimento fragilizado e temporário e que ao primeiro momento de contrariedade dele se apropria para “tirar o time de campo”. E a fila está se encorpando…
Comprometimento. Significado amplo, profundo mesmo. Nos antigamente bastava a palavra empenhada. Nos dias atuais, discursos e papéis assinados pouco ou nada valem. É o mundo polarizado que vivemos. Para onde vamos? Onde vamos parar? Diz aí Bolivar.
Ostracismo. Crepúsculo. Queda. Recolhimento. Partida. Tudo faz parte da vida terrena. Preparemo-nos. Tenhamos serenidade. Tenhamos humildade. Sejamos agradecidos. Que o sorriso dos justos permaneça em nossos lábios. Façamos por merecer.
(*) Ex-atleta
N.B. 1 – Na sexta-feira Santa deixou-nos Mauro “Pantera’ Pereira, boleiro da velha guarda e que fez parte da turma de 1.975, quando o Democrata Pantera pela vez primeira se fez presente nas competições da FMF, nas categorias de Infanto e Juvenil. Goleiro dos bons, filho do Nilo Pereira e sobrinho de Tião Nunes. Descanse em paz.
N.B. 2 – Neymar Júnior ainda voltará a ser efetivamente atleta de futebol profissional? Abdicará da vida obscura, desregrada e descompromissada, sujeitando-se a desgastante planejamento para sua real e efetivas recuperação? O futuro dirá. Ano que vem tem COPA…
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