Na Usiminas, Bolsonaro diz que novo valor do auxílio emergencial está em discussão

Ao participar da solenidade para retomada de operações do Alto-Forno 1 da Usiminas, em Ipatinga, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o auxílio emergencial, pago pelo governo federal durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), será estendido até dezembro. Atualmente são R$ 600 pagos mensalmente aos beneficiários, mas este valor não deve ser mantido. Segundo o presidente, o novo valor do auxílio está sendo discutido com a equipe econômica do governo.

Em seu discurso, Bolsonaro destacou que o auxílio seria pago por três meses, e o benefício já foi prorrogado uma vez, chegando ao quinto mês em agosto. “Era para durar três meses, no primeiro momento. Quando chegou no terceiro mês, prorrogamos por mais dois meses. Chegamos, em agosto, a cinco meses de auxílio emergencial”, declarou.

Valores

No entanto, o presidente pontuou que o benefício – concedido a cerca de 65 milhões de brasileiros em situações de vulnerabilidade, como mães solteiras, trabalhadores informais ou desempregados – não será prorrogado indefinidamente.

“Isso custa ao Brasil, aproximadamente, 50 bilhões de reais por mês. É uma conta pesada. Sabemos que 600 reais é pouco para quem recebe, mas é muito para o país, que se endivida. E lamentavelmente, como é emergencial, temos que ter um ponto final nisso. Não podemos bancar 65 milhões de pessoas com 600, 1.200, e algumas até com 1.800 reais por mês. Resolvemos estender até dezembro, e o valor não será 200, nem 600 reais. Ainda estamos discutindo com a equipe econômica”, disse o presidente.

Usiminas

Durante o discurso, Bolsonaro elogiou a Usiminas pela retomada da produção do Alto-Forno 1: “A Usiminas traz divisas e produz o que interessa à nossa construção, de maneira geral”. Em uma semana em que foi criticado por não explicar a origem de R$ 89 mil pagos pelo miliciano Fabrício Queiroz à primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente voltou a atacar a imprensa: “O dia em que eu for elogiado pela imprensa, pode ter certeza que o país está indo mal”.

Bolsonaro participou da solenidade ao lado do governador Romeu Zema (Novo), do presidente da Usiminas, Sérgio Leite, e diversas outras autoridades. Para o presidente da Usiminas, a volta das operações de produção de ferro-gusa demonstra a capacidade de recuperação da economia no país. “A retomada da economia já é uma realidade. E nessa retomada, o setor aço participa ativamente”, disse Sérgio Leite.

Também presente à solenidade, o deputado federal Hercílio Coelho Diniz (MDB), que se deslocou de Brasília no avião presidencial com Bolsonaro, avaliou que a reabertura do Alto-Forno 1 marca “a retomada do desenvolvimento econômico, da geração de emprego e renda para o país e, especialmente, para a região”.

O deputado Hercílio Diniz se deslocou de Brasília a Ipatinga no avião presidencial, com Jair Bolsonaro

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