Mulheres aprendem artes marciais para defesa pessoal

No dia 30 de abril, em São Paulo, jovem matou estuprador com mata-leão, após ser violentada 

O Brasil ocupa o quinto lugar em um ranking de 83 nações que mais matam mulheres, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Por outro lado, é cada vez maior o número de mulheres que procuram aprender artes marciais para se defender.

Maria Isabel Batista é recepcionista e treina muay thai há cinco meses. Para ela, a arte marcial traz uma sensação de segurança. “Caso ocorra um assédio, estamos preparadas para nos defender. É melhor saber e não precisar usar do que não saber e precisar usar”, afirmou.

De acordo com Andressa Arruda Martins, vendedora e praticante do jiu-jítsu, o motivo de ter escolhido essa arte marcial é justamente para poder se defender: “Eu decidi combinar o exercício físico com uma forma de defesa pessoal. No meu trabalho eu viajo muito sozinha, fico muito vulnerável nas estradas e em contato com todos os tipos de pessoas, então decidi me preparar”.

Leonardo da Cruz é professor de muay thai e jiu-jítsu, e faixa preta nessas artes marciais. Segundo ele, a procura por parte das mulheres na academia tem sido grande. Atualmente, cerca de 40 mulheres treinam no local.

“Eu sou um defensor das mulheres no tatame, porque as artes marciais salvam vidas, então precisamos que as mulheres treinem. Mas tem que ser um ambiente acolhedor, de respeito”, afirmou o professor.

Segundo Maria Isabel, o muay thai é muito procurado pelas mulheres porque, além do condicionamento físico, tem o “desestresse” emocional também. Já o jiu-jítsu, de acordo com o professor, traz uma sensação de empoderamento e persistência muito grande: “Bato muito na tecla que essa arte marcial te ensina a perseverar em situações difíceis na vida”.

Treinamento de muay thai/ DRD-TV Leste
Maria Isabel treinando/ DRD-TV Leste

Jovem aplica mata-leão em estuprador

No dia 30 de abril, uma jovem foi agredida e abusada sexualmente, enquanto voltava de uma tabacaria, em São Paulo. Após o ataque, a vítima conseguiu reagir e, com a ajuda de testemunhas, matou o abusador, ao estrangulá-lo com um mata-leão.

De acordo com o Balanço Geral de São Paulo, o suspeito abordou a jovem de madrugada, após ela sair de uma festa com amigas. O homem levou a jovem até uma praça escura e a violentou sexualmente.

Mesmo após ser agredida, a vítima conseguiu se desvencilhar do suspeito e aplicou o golpe mata-leão no rapaz, que morreu no local. Moradores, que escutaram os gritos vindos da rua, apareceram e socorreram a jovem.

A vítima de violência sexual foi encaminhada ao Hospital Pérola Byington. De acordo com o delegado do caso, Alexandre Monteiro, em entrevista à Record TV, a mulher não vai responder por crime, porque se encaixar como legítima defesa.


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