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Insensatez no futebol brasileiro

Acaba de sair o ranking dos clubes de futebol mais endividados de nosso país. Os valores são astronômicos, envolvem as grandes e principais potencias futebolísticas do Brasil, capitaneadas pelo Corinthians Paulista com todos os méritos e deméritos. Ainda assim, a farra continua…

Regra geral o dirigente de futebol em nosso país é detentor da impulsividade de uma paixão violenta e irreprimível, levando-o a uma conduta extremamente amadorista e mesmo irresponsável à frente de grandes clubes brasileiros. Parece muito mais com torcedor de arquibancada ou integrante de uma ‘organizada’.

Do amadorismo ao profissionalismo do futebol em nosso país o entusiasmo falou mais forte e a ‘coisa’ andou razoavelmente. Fomos até campeões mundiais algumas vezes. Os verdadeiros craques fizeram a diferença. Agora, craques não os temos mais, daí…

Muito mais do que o profissionalismo, apareceu o futebol negócio/empresa oportunizando a magnatas, loucos, grupos, fundos e tudo o mais, espaços e situações para aventuras, enriquecimentos e até mesmo negócios escusos. Para muitos os clubes são apenas detalhes ou meros brinquedos de crianças em suas mãos. Divertem-se irresponsavelmente.

Tidas e havidas como salvação de lavouras, as SAF’s vão sendo introduzidas no futebol brasileiro, algumas de forma um tanto quanto afoitas ou mesmo precipitadas, outras com alguns cuidados e que estão redundando em melhorias e crescimentos.

O orgulho desmedido do dirigente e futebolista brasileiro está conduzindo e direcionando o nosso futebol para um terrível abismo, situação de penúria ou mesmo de falência, abrigando, recepcionando e inflacionando irresponsavelmente o futebol da terra de Cabral.

Como normatizar, intervir, regulamentar e disciplinar atividades da prática do futebol profissional em nosso país, com imposição de normas/legislação clara aos clubes, chegando, também, à remuneração de todos os atores envolvidos?

A ideia inicial de uma SAF para socorrer e equilibrar as finanças de clubes de futebol no Brasil está dando lugar e oportunidades para aventuras na contratação de atletas por somas astronômicas, com salários idem, objetivando unicamente a satisfação de conseguir títulos e a realização pessoal, que pode ser momentânea ou passageira.

Na América do Sul, por exemplo, basta um mísero comentário de que um jovem atleta se apresenta como promissor para que um clube brasileiro gaste rios de dinheiro – cotação em dólares ou euros – em sua contratação.

A falácia de que “craques a gente faz em casa” muito utilizada pela maioria de nossos grandes clubes está desaparecendo completamente. E quando por aqui surgem ou despontam  promessas futebolísticas, aguardam apenas completar 18 anos para rumarem para a “Zoropa” e outros países poderosos financeiramente.

Eternizarem-se nos clubes em que surgiram e foram formados como antigamente e tornarem-se símbolos, ídolos e monstros sagrados é querer demais. É ser utópico e nostálgico. Mas uma regrinha de transição seria razoável, certo Bolivar?

Quando se fala do Santos, não vem à baila o nome do tal do Édson? Quando se fala do Fogão não nos vem à memória a lembrança do Mané? Quando se fala do São Paulo não nos lembramos de Zizinho? Quando se fala do Palmeiras não nos lembramos de Ademir da Guia? E…

Entramos em 2.025 com o salário mínimo previsto para R$ 1.518,00. Qual é a remuneração de um grande profissional liberal? De um probo agente político do andar de cima? Diligencie aí meu caro Bolivar para que se normatize a remuneração mensal de nossos futebolistas, com a definição máxima de 300 salários mínimos para os que se dizem craques e uns 200 salários para outros tantos que equivocadamente acreditam que o são. Enganadores…


(*) Ex-atleta

N.B. 1– Loucura desenfreada nas divulgações dos contratos de futebolistas por grandes clubes do futebol brasileiro e respectivos salários. Falam em milhões de reais como se estivessem trocando de roupas. Realmente este não é um país sério…quebradeiras à vista.

N.B. 2- 0 comportamento do treineiro portuga que deu dois títulos ao Botafogo e logo a seguir pega o boné e se manda para as arábias e ainda de dois futebolistas do mesmo clube que com pouco mais de 6 meses também se mandam para a “zoropa” deixando os torcedores tristonhos, sintetiza a realidade do futebol dos tempos modernos. 0 clube é apenas um detalhe…

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