Caros irmãos e irmãs, o Deus que encaminha nossos corações para a alegria da paz e o acolhimento fraterno seja sentido no seu mais íntimo modo de viver e se relacionar.
O tema que abordo hoje não é de modo algum estranho: a fé retratada pelas redes sociais.
Tornou-se “febre”, padres (pastores) se utilizarem das mídias sociais expondo sua fé e a do povo nas mais variadas vertentes doutrinárias. Poderia até considerar de grande relevância, dada a oportunidade de dar à luz do entendimento ou escuta, os mistérios acerca da fé, propriamente dita.
Óbvio, necessitamos muito de autoridades religiosas auxiliando pessoas a se encontrarem na observância de assunto “x” ou “y”.
Porém, a enxurrada de conceitos personalistas na maioria das vezes ferem interpretações racionais da Palavra e se embrenham num mundo que se ocupa da elevação dos egos. Daí, os equívocos passam, via de regra, a confundirem ainda mais, quem busca Luz e conhecimento.
Torna-se fato recorrente nos depararmos com pessoas insatisfeitas com a condução de determinada igreja e/ou padres e pastores. Na busca de alguma resposta imediatista, mudam de igreja como quem troca de camisa.
Culpa delas? Nem sempre. Trata-se primordialmente de um ensino de base mal aplicado, seja na igreja católica, seja na igreja protestante.
Até mesmo dentro de uma mesma denominação religiosa, existem diversas maneiras de confrontar problemas tomando como base as Escrituras. Os mais conformados chamam isto de “diferença de carismas”. Eu já chamaria de “egos inflados”, pois se preocupam, em primeiro lugar, em ter razão do que unificar o entendimento.
E o “pobre fiel” continua à procura da IGREJA IDEAL.
Afinal, quem está certo, padre tal ou padre de tal? Pastor “a” ou pastor “b”?
O que fazer?
Na minha humilde contribuição, posso aconselhar: Fuja de palavras doces que agradem seus ouvidos; seguir Jesus é difícil e desafiador; Deus não promete fortuna, Deus não promete ausência de dor, Deus não promete amor perfeito.
Deus promete, Sua presença eficaz e constante nos seus piores momentos, nos mais dolorosos sofrimentos. Não fosse assim, Seu filho Jesus seria o primeiro a ser libertado das dores física e moral.
Deste modo, adianto que a igreja ideal é aquela onde o irmão é reconhecido como presença mística de Cristo. Igreja ideal é aquela que, mesmo com seus defeitos, nos oferece a oportunidade de exercitar a caridade e render graças e louvores ao Deus Uno e Trino. Igreja ideal é aquela que mesmo não me salvando, aponta o caminho da salvação.
Pare de perder tempo e de se perder, procurando a IGREJA IDEAL. Ela é a sua. E quando quiser uma resposta apressada de Deus pra seus dramas e dilemas, primeiro entenda que Deus não é seu secretário ou serviçal. Eu nasci pra servir a Deus e não o contrário.
Apenas Ele é dono do tempo, da vida e das respostas. A partir do momento em que entendermos o sentido da nossa existência é que vamos compreender, em seguida, o sentido da minha vida e de qualquer pessoa. Ora, somos diferentes entre nós, mas iguais diante de Deus.
Eu, de verdade, quero ter este entendimento nos meus momentos finais, para não me encontrar na infelicidade de questionar Deus com um “por que eu?”. A resposta viria certamente com outra pergunta: “por que não eu?”
Que Deus nos ajude a aprender a administrar melhor nossos sentimentos e especialmente a abraçar a nossa fé com sabedoria, equilíbrio e sobriedade.
Viva seus dias na presença de Jesus que salva e não com a ideia de um Jesus que pune. Isto tudo, aí na igreja de sua pertença.
Um excelente domingo pra você e sua família. Que Deus nos abençoe.
(*) tiaoevilasio1@gmail.com
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