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E POR FALAR EM ESTRELAS…

por Luiz Alves Lopes (*)

O mundo presenciará em breve a realização de mais uma olimpíada, agora no JAPÃO. Críticas, com a confirmação do evento, não têm faltado em função do momento atual vivido pela humanidade e que responde pelo nome de pandemia da covid-19.

Os jogos olímpicos sintetizam competições em inúmeras modalidades esportivas com a participação da ‘nata’ mundial de atletas, independentemente do tamanho e importância dos países. Para tanto, basta atender índices e normas.

Originários da Grécia antiga, por volta de 776 a.C., os primeiros jogos tinham como objetivo e finalidade homenagear os deuses gregos. Na era moderna, os primeiros jogos olímpicos foram realizados em 1896, na cidade grega de Atenas, contando com a participação de 285 atletas de 13 países, nas modalidades de halterofilismo, tênis, ciclismo, natação, ginástica, atletismo, esgrima e luta livre.

Em 1908, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Londres, ficou marcada a frase do barão de Coubertin, segundo a qual ‘ o importante é competir’. Pai dos jogos olímpicos modernos, inspirou-se ele em sermão do bispo da Pensilvânia, Ethelbert Talbot, durante missa celebrada por ocasião dos citados jogos.

Muita coisa mudou de lá para cá, menos a negação total, absoluta, acachapante, a cada quatro anos, da frase do bispo e recepcionada pelo barão. O IMPORTANTE NUNCA FOI COMPETIR. Uma pena…

Pois é, então, nos momentos que antecedem a realização de mais uma olimpíada, com desfile de craques e estrelas para ninguém botar defeito, mergulhando no passado da história esportiva de Governador Valadares, vem a lembrança de uma das maiores ESTRELAS que encantaram Governador Valadares.

Referimo-nos a ROSA Marques, que, ao lado de Maria Helena, Rivânia, Elminha, Edinha, Roseane, Sandra Gomes,Jura, Lara, Iná, Marcília e tantas outras, escreveu uma das mais ricas, emocionantes e empolgantes páginas do esporte valadarense, notadamente do voleibol.

Falar de Rosa é falar de garra, de comprometimento, de eficiência, de liderança, de competência e de muita criatividade. Quem teve o privilégio de assistir aos jogos do Presbé dos antigamente sabe do que estamos falando e afirmando. Tempos de ouro…

Sim, os da velha guarda, de boa memória, recordam-se do esquadrão de voleibol feminino do Colégio Presbiteriano, sob a batuta do professor Paulo Márcio Cabral, que a todos encantava pela técnica, raça, vontade e disposição dentro de uma quadra. Uma equipe para deixar Bernardinho e Zé Roberto (ambos treinadores das seleções brasileiras) com água na boca.

Apoderamo-nos de parte do texto de servidores locais da receita federal quando de homenagem a outra saudosa estrela que não mais está entre nós, aplicando-o em relação a Rosa Marques:

“Há pessoas estrelas. Há pessoas cometas. Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e que retornam. As estrelas permanecem. Os cometas desaparecem.”

ROSA Marques foi e continua sendo uma estrela bem viva na memória daqueles que a viram dentro de uma quadra esportiva. Mais do que o registro, bom seria se algo mais fosse feito. Ela está por aí. Sabem onde?


(*) Ex-atleta – N.B.- E o massagista GETÚLIO, por tantos admirado e respeitado pela sua capacidade, profissionalismo e dedicação, nos deixou no limiar da semana, tornando-se mais uma vítima da covid-19. Se aqui foi sepultado, bom seria se algo mais venha a ser feito e sua sepultura preservada. Há tempo para tal… Com a palavra, os integrantes do mundo da bola…

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

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