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E o agosto se foi… (Voluntariado)

(*) Luiz Alves Lopes

No mundo dos humanos, marcado por guerras, pela fome, pela miséria, por agressões, por incompreensões, por todo tipo de sofrimento e covardes retaliações, o último domingo do mês de agosto ficou rotulado e carimbado como sendo o DIA DO VOLUNTARIADO.

Nas Minas Gerais, terra de gente boa, desbravadora, criativa e comprometida, a FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – não faz muito tempo, anualmente “ouriçava” ONGs e segmentos da sociedade organizada, incentivando e participando definitivamente de ações de cunho social voltadas para os menos favorecidos, inclusive instituições que praticam o bem-estar social. Referimo-nos àquilo que ficou marcado como sendo o DIA V.

Nos últimos anos, motivos deve haver, entusiasmos e incentivos desapareceram em percentual assustador, reduzindo drasticamente a realização de eventos comemorativos ao Dia do Voluntariado, consequentemente, deixando no “limbo” instituições e pessoas carentes e necessitadas. Raríssimas exceções. A conferir.

Criatividade e muita vontade são marcas indeléveis das ações voluntárias. Para tal, não é preciso “pedir licença”. Quem quer, faz! O importante é saber fazer, a quem é dirigida a ação e a necessidade de quem a recebe.

Diferentemente daquilo que é obrigatório, o trabalho ou a ação voluntária difere pela espontaneidade, pelo prazer e satisfação, desvinculados da maçante tarefa rotineira imposta ao cidadão. Oportunidade ímpar de se sentir útil, vivenciar situações até então desconhecidas.

Qualquer mortal pode ser voluntário. Há sempre algo a ser feito, independentemente da formação de cada um. Gratificante a arte de fazer, de realizar, de fazer acontecer. Vale a pena fazer tal experiência.

Estamos todos dominados. Como bem disse o ex-ministro Nélson Teich, o que sabemos é que “nada sabemos”. Estamos sob o domínio do vírus. E não sabemos até quando.

Somos seres humanos. Mortais. Portadores de razão e sentimentos.   Podemos pensar? Refletir? Tirar algumas conclusões?

Tempo. Não tenho tempo, eis o raciocínio lógico. Não é problema meu, parte final do raciocínio. Tempo é questão de preferência. Sensibilidade nada mais é do que visão cristã e humanística. Faz um bem danado. Vale a pena experimentar.

Agravada pela pandemia que perdura, a olho nu se vislumbram situações de miserabilidade, dificuldades de todo tipo enfrentadas por párias e instituições voltadas para o bem social de nossa cidade. Quase todas elas são conhecidas. Porém há inúmeras desconhecidas.

Apenas e tão somente para ilustrar, sabido é que a ACOLHEVIDA, cuja ação é magnífica, enceta no momento atual campanha para arrecadar fundos que lhe permita a aquisição de lençóis, em quantidade razoável, permitindo-lhe proporcionar dignidade a seus assistidos. A campanha está aí, né Zé Conserva?

Quanto à APAC (palavrão, né Thébit) enfrenta momento delicadíssimo em função de imposição por sentença na área trabalhista de cobertura de valores para os quais não estava preparada, não recepcionada em seu convênio com o Estado. Fazer o quê? Apelar para pessoas de bem, de seus simpatizantes (por incrível que pareça, existem).

Com recursos ou sem recursos, em especial financeiro, as instituições têm seus objetivos, propostas e responsabilidades. A ausência estatal ou sua participação mínima e insuficiente tira o sono dos gestores não remunerados. Estes, verdadeiramente uns abençoados.

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos. São dotados de razão e consciência, devendo agir uns para com os outros com espírito de fraternidade” (Declaração Universal dos Direitos Humanos).

Ação voluntária se pratica todos os dias, independentemente de rótulos, aglomerações, ajuntamentos e outras coisitas mais. Basta querer!

                                                                                                                           (*) Ex-atleta

N.B. – Natanael Miranda de Freitas – o NATAN – nos deixou no final da semana que passou. Estava enfermo fazia bastante tempo. O que dizer do “espiga”? Atleta dos bons com passagens pelo Clube Atlético Pastoril, Esporte Clube do Rio Doce, Esporte Clube Democrata e Coopevale Futebol Clube, dentre outros. Sempre se destacando pela técnica, pela disciplina, pela eficiência e comprometimento. Fez parte do Coopevale de 1.976 – aquele que encantava. Integrou o quadro de funcionários da CVRD, empresa pela qual se aposentou. Deixa uma saudade danada…

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

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