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Dia da Poesia: conheça alguns poetas e poetisas da cidade

FOTO: Fred Seixas

O Dia Mundial da Poesia é comemorado todos os anos no dia 21 de março. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1999, a fim de estimular a produção de poesias e celebrar o estilo literário como forma de arte em todo o mundo.

Estruturada em versos e estrofes livres, a poesia é manifestada na voz de inúmeras pessoas, de todas as idades e em diversos lugares do planeta. Por isso, o Dia Mundial da Poesia comemora, também, poetas e poetisas – que com a escrita inspiram, encantam e fazem pensar.

Marcelo Rocha é poeta desde os 9 anos de idade. Ele utiliza desta arte literária para transformar o mundo ao seu redor. “Aos 9 anos segurei nas mãos da poesia e, desde então, não nos largamos mais. Já são mais de 30 anos que eu e a poesia fazemos uma parceria forte. Publiquei mais de quatro livros e lancei muitos projetos que colocam a poesia em contato com as pessoas, transformando corações, mentes, olhares e lugares”, relembra.

Projetos literários

O poeta também conta que há 13 anos dedica seu tempo organizando eventos e projetos literários em diversos espaços. A ideia é promover a poesia e convidar pessoas ao mundo da leitura. “Sou organizador do ‘Sarau do Psia’, que promove encontros literários entre poetas e amantes da poesia, e é realizado todo segundo sábado do mês. Também sou criador do ‘Um poema em cada árvore’, que utiliza as árvores como suporte de leitura. Este evento já foi realizado em 154 cidades brasileiras. Além do ‘Poesia sim, violência não’, que convida estudantes de escolas públicas à prática da não violência. Este projeto já beneficiou mais de 10 mil jovens”, pontua.

Bob Villela é coordenador do curso de Jornalismo na Univale e também escreve poesias. De acordo com o professor, a poesia chegou à sua vida sem pretensões. “Na verdade, a poesia entrou na minha vida de um jeito não tão comum. Eu sempre gostei muito de música e comecei a enxergar a poesia na música. Eu lia menos poesia do que escutava música e lia menos Drummond do que escutava Cazuza, Djavan, Caetano. Então eu observava a poesia dentro das músicas e me interessei em entender como se dava a construção. E depois, isso foi me levando pra prosa, pra Leminski, que é minha principal referência, Adélia Prado e tantos outros escritores”.

Aliás o docente se considera um poeta breve e livre. Ele conta que gosta de escrever a respeito do que observa e do que sente. “A poesia para mim é um hobbie. Eu não tenho um ritmo de produção, mas eu diria que escrevo um conteúdo a cada 15 dias. Eu brinco que eu sou um poeta bissexto. Mas eu escrevo sempre, até porque eu vivo de escrever. E minha técnica é a liberdade. Escrevo a partir de uma palavra, de uma ideia, de um fato, de um acontecimento, do mundo. Vou tentando propor algum trocadilho, tentando encontrar alguma alteração, alguma figura de linguagem, alguma ironia, e vou brincando. Não tenho muito critério. Meus poemas são breves”, confessa.

Forma de terapia

Enquanto a jornalista Pamella Tomich utiliza a poesia para expressar seus sentimentos, como uma forma de ‘terapia’. “A poesia está presente na minha vida desde sempre. Quando criança eu fazia poemas para presentear as pessoas que eu amo, sempre como forma de reforçar o que eu mais gostava neles e para ter um presente com significado. Pra mim é muito importante escrever o que estou sentindo. Sinto como se fosse algo que realmente faz parte de mim e me tranquiliza, como se fosse uma terapia mesmo”, explica.

“Quase todas as minhas poesias são sobre relações interpessoais. Na maioria das vezes, a inspiração vem depois de uma conversa produtiva que tenho ou coisas que eu observo na vida dos outros. Sempre fui muito comunicativa e amo ouvir histórias. Acredito que diálogos curam e as pessoas têm sempre algo a nos ensinar, por mais diferente que sejam as nossas vivências”, reitera.

Dessa forma, a jovem, de 24 anos, se inspira nas obras das escritoras Rupi Kaur, Cecília Meireles, Clarice Lispector e do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. Assim sendo, ela possui um perfil no Instagram (@pamporpoesia) onde publica seus escritos e afirma que sonha em lançar um livro de poesias. “Escrevo sobre as coisas mais ordinárias do nosso dia e também sobre os detalhes que nos aproximam das pessoas. Além de pautas sociais e as vivências das mulheres”, finaliza.

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