O rei do jingle, MC JPex coleciona mais de 500 músicas autorais compostas para candidatos de todo o Brasil
GOVERNADOR VALADARES – Considerado uma das grandes peculiaridades da criatividade brasileira, os jingles políticos grudam como chiclete na cabeça do eleitor e, muitas vezes, ficam marcados na história. A realidade é que o estilo de campanha é tão velho quanto o direito ao voto.
Os primeiros jingles eleitorais surgiram nos anos 1930 mas, com o passar dos anos, também alteraram o estilo, uns variando entre a originalidade e outros parodiando hits populares da música nacional. De lá para cá as produtoras desse segmento se multiplicaram no país para conseguir atender a alta procura.
Em Valadares, um jovem produtor musical estourou em todo o Brasil ao criar o primeiro jingle-funk das eleições presidenciais, em 2014. Conhecido no mundo artístico como MC JPex, João Paulo Pinheiro acredita que a sua versatilidade seja a principal razão para ter se tornado o ‘Rei do Jingle’.
Criatividade autoral
“A criatividade autoral é o meu lema. Crio jingles em todos os estilos musicais e é sempre um desafio gostoso criar algo, seja para as pessoas ou para empresas também. Em 10 anos, tenho mais de 500 jingles feitos para políticos e 36 criados para empresas em todo o Brasil”, disse.
Formado em Direito, ele sempre foi apaixonado por música e política. Contudo o seu relacionamento mais profundo com o meio eleitoral surgiu espontaneamente, logo no começo da graduação. Nessa mesma época, onde viralizar vídeos era um tanto quanto mais complexo, o produtor musical viu a sua vida profissional mudar. “Iniciei no curso de Direito da Fadivale, onde, de cara, me envolvi na parte política do Diretório Acadêmico (DA). Sempre fui envolvido na política também por gosto e também por vontade”, comenta.
Entretanto em paralelo à vida como compositor comercial e político, MC JPex segue a sua carreira como cantor. Assim como no meio eleitoral, ele garante que se manter em cena é importante, assim como variar sempre o seu repertório. “Estou sempre nos palcos. Canto funk, brega, pop rock nacional. Sempre em movimento, criando músicas novas e fazendo shows pelo Brasil”, confessa.
