Auditores resgatam 14 pessoas de trabalho análogo a escravidão em Divinolândia de Minas

No total, são 13 trabalhadores e 1 cozinheira que foram trazidos do Maranhão para trabalhar no corte de eucaliptos

A gerência regional do Trabalho de Governador Valadares recebeu a denúncia de que no município de Divinolândia de Minas, no bairro dos Figueiredos, estava acontecendo trabalho escravo de pelo menos 14 pessoas.

A Polícia Militar prestou apoio aos auditores fiscais do Trabalho e compareceram ao local denunciado para investigação. Chegando à localidade, os auditores encontraram 13 trabalhadores e uma cozinheira abandonados em uma casa pequena. Todos foram trazidos do estado do Maranhão com a promessa de trabalho no corte de eucalipto na região do Vale do Rio Doce.

Os trabalhadores estavam alojados numa casa sem receber pelos serviços prestados, alimentado-se através de doações de vizinhos e sem camas para dormir, com os colchões em contato direto com solo, amontoados em condições subumanas.


Auditores fiscais do Trabalho em ação, com apoio da Polícia Militar (Crédito: PMMG)

De acordo com um dos trabalhadores encarregado pela turma, o proprietário da empresa que os trouxe do Maranhão combinou de pagar a eles a quantia de 20 reais o metro de eucalipto, para cortar e empilhar a madeira. Segundo ele, o aluguel, alimentação e outros gastos necessários também seriam por conta do empregador, porém ele não cumpriu com o acordo, deixando-os em condições de abandono, sem terem como se manter.

Feito o trabalho de reconhecimento das irregularidades, os auditores tomarão medidas de responsabilização trabalhista e de apoio aos trabalhadores, para que todos retornem em segurança aos seus lares. Os procedimentos se iniciaram nesta terça-feira (21), reunindo os auditores e os infratores responsáveis no quartel de Divinolândia.

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