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Associação dos Artistas Plásticos de GV cobra resposta da prefeitura sobre construção da sede

Fundadora da associação irá até a Secretaria Municipal de Obras, na próxima quinta-feira (27), se informar sobre andamento do projeto de doação da área

A Associação dos Artistas Plásticos de Governador Valadares quer que 2020 seja um ano diferente para os artistas de Valadares. Depois do sucesso da 2ª Bienal de Artes do Vale do Rio Doce, que aconteceu em fevereiro, é hora de correr atrás do projeto da sede, que já foi levado à Secretaria de Cultura e guarda resolução da prefeitura. “Na quinta-feira (27), logo depois do feriado, eu vou até a Secretaria de Obras cobrar um posicionamento do secretário Carlos Chaia, sobre como anda o nosso projeto. Já está tudo desenhado, e nós queremos que isso saia do papel ainda neste ano”, afirma Clores Lage, artista plástica e fundadora da associação.

A associação nunca teve uma sede fixa. Os artistas já chegaram a expor em alguns ambientes da cidade, como a Galeria Monhangara (no Teatro Atiaia) e no Centro Cultural Nelson Mandela, mas já faz mais de três anos que a associação luta por um espaço próprio. “Nós precisamos expor. Sem mostrar o que produzimos, nós não conseguimos vender, e sem vender, fica difícil para sobreviver como artista”, afirma Clores.

De acordo com a artista, a sede da associação já até tem um projeto pronto, desenvolvido pela arquiteta Kamilla Lage. O projeto foi apresentado para a Prefeitura Municipal de Governador Valadares, mas aguarda resolução de burocracias. Isso porque a construção depende da doação do terreno, e o pedido precisa ser encaminhado pela prefeitura à Câmara Municipal, para que possa ser aprovado pelos vereadores. O DRD pediu à Prefeitura que se manifestasse sobre o tema, o que não ocorreu até a publicação desta matéria – que será atualizada, caso o município se pronuncie.

“É sobre esse encaminhamento da doação do terreno que eu vou cobrar da prefeitura, na quinta-feira. Nossa ideia é ter um espaço de exibição e também um escritório, mas, enquanto o projeto não anda, os anos vão passando, e o movimento artístico vai enfraquecendo cada vez mais. Hoje, a associação está pedindo socorro; nós precisamos de apoio”, ressalta Clores.

Para o artista plástico Carlos César, o problema vai além da falta do espaço. “Falta união dos próprios artistas na busca por apoio. Nós estamos assumindo que precisamos de ajuda e temos que ir atrás”. Hoje, os artistas afirmam que não é possível sobreviver de arte em Governador Valadares. Todos os artistas locais têm outras fontes de renda com as quais se mantêm financeiramente.

Para Carlos Torrente, que além de artista plástico também é professor de Matemática, a associação hoje encontra grandes dificuldades para se organizar como instituição; e a falta de sede é uma delas. “A associação carece de uma estrutura, de projetos formalizados, e o espaço com certeza ajudaria nisso”.

Apoio privado

Além do apoio da prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, a associação também pede o apoio de empresários e de instituições privadas. “Nós precisamos de apoio, independentemente de onde ele venha. Enquanto não conseguimos nossa sede, por exemplo, seria maravilhoso se alguém pudesse ceder um espaço, para que possamos expor nosso material”, destaca Clores Lage.

Os membros da associação destacaram a quantidade de imóveis vazios, que estão espalhados pelo centro de Governador Valadares. “Esses espaços poderiam ser emprestados, ao menos, por um tempo. Nós poderíamos nos comprometer em arcar com as despesas de água e luz. O que nós precisamos é de um espaço, onde possamos ser vistos, porque assim não dá para ficar. Hoje, a associação não tem nem acervo dos artistas, porque nós não temos um lugar para guardar as obras”.

O movimento artístico de Governador Valadares

De acordo com a fundadora Clores Lage, o movimento artístico na cidade é antigo, e já foi muito mais forte do que é hoje. “Houve um tempo em que nós tínhamos muito mais apoio; o movimento era grande. Hoje nós ainda temos muitos artistas. Só na 2ª Bienal, que aconteceu no começo de fevereiro, foram 48 artistas. Só que falta apoio. É difícil viver da arte, principalmente, para os iniciantes”.

O artista valadarense Quirino Rosa, que ficou em primeiro lugar no concurso da 2ª Bienal de Artes do Vale do Rio Doce. A Bienal contou com a participação de 48 artistas locais.

Clores, que já levou o nome de Governador Valadares, com suas obras, para vários lugares do mundo, destaca o papel social e espiritual da arte, que precisa ser valorizado. “A arte é uma forma de libertação, ela contribui para o crescimento pessoal e para o desenvolvimento social. Isso deveria ser valorizado”.

“A arte é uma forma de libertação, ela contribui para o crescimento pessoal e para o desenvolvimento social. Isso deveria ser valorizado”.

Clores Lage

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