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Aqui e acolá, vale a pena tentar

A coqueluche ou febre no futebol brasileiro nos dias atuais responde pela sigla SAF – Sociedade Anônima do Futebol, um tipo de empresa criada no Brasil em 6 de agosto de 2021 pela Lei14.192/2021 e que objetiva uma boa governança, controle e meios de financiamento para a atividade de futebol.

Oficializada e implantada uma SAF em determinado clube, a ele e a seus dirigentes resta uma posição secundária, sem poder, limitando-se, quando for o caso, em administrar a parte social do mesmo clube e sem influência alguma no departamento de futebol.

Loucuras e não loucuras ocorridas até os dias atuais já recomendam cuidados na criação de SAF’s por nossos clubes, ao mesmo tempo em que alterações na legislação também se mostram oportunas e necessárias. Correção de rumos e situações que estão surgindo.

Se é verdade que o sol nasceu para todos, um numeroso contingente de clubes de futebol profissionaldenossos estados está no limbo ou no ostracismo, parte deles desaparecendo/encerrando suas atividades, por absoluta falta de condições financeiras de “tocarem” um negócio chamado futebol profissional. Querem ou sonham com um lugar ao sol.

Das chamadas equipes pequenas do nosso futebol, uma das mais tradicionais do Rio de Janeiro – o Olaria Atlético Clube, da rua Bariri, por onde passaram Castilho, Joel Santana, Canário, Romário, Murilo, Jaburu e um sem número de futebolistas que se deram bem na profissão, acaba de se transformar em SAF e sonha, nos próximos 25 anos, em ser mais do que um simples coadjuvante nas disputas no estado e mesmo do país.

Seus novos e atuais donos: o ex-vice presidente do Clube de Regatas do Flamengo –Marcos Braz, o cantor L7nnon e Ricardo Gonzaga, os quais, através de suas empresas, adquiriram 95% das ações do clube, com a promessa de ampla reestruturação, restando-lhe 5% a ser administrado pelos dirigentes do clube em relação à parte social.

Para os menos avisados, no limiar da década de 60, na inauguração do primeiro lance de arquibancadas de cimento do Mamudão, em quadrangular com a participação do Democrata, do Tupã, do Rio Doce do mister João Rosa, o Olaria tornou-se vencedor da disputa, a todos vencendo com facilidades. Torneio em que se consagrou Jaburu, logo negociado com o FLU.

Pelo Brasil afora já há um considerável número de clubes de futebol profissional intermediários que aderiram ou estão em processo de estudos e adesão ao modelo SAF ao entendimento de ser a saída razoável para a sobrevivência da prática de futebol profissional com dignidade.

Chegamos ao glorioso, tradicional e histórico Esporte Clube Democrata de Governador Valadares, a PANTERA da rua Osvaldo Cruz, de uma rica história que não pode ser ignorada ou desrespeitada, mas que a exemplo de inúmeros outros clubes de futebol profissional de nosso país, vive à expensa e dependência de um único dirigente apaixonado.

Acredita-se, há quase uma certeza, que o clube tenha apenas um único credor ou na pior das hipóteses seu maior credor seja seu atual mandatário/gestor. Parece não ser difícil elaborar estudos para uma tomada de posição. Há razoabilidade na ideia ou está ela totalmente descartada? Vamos continuar tendo futebol profissional na cidade apenas nos primeiros meses do ano ou dá para sonhar com algo mais?

Em nível nacional constata-se uma movimentação que parece conduzir a introdução de mais uma série futebolística(divisão)no esporte das multidões em nosso país. A chamada quinta divisão. Ótimo. Mais clubes se movimentando, mais atletas, mais profissionais sendo aproveitados, enfim…

E o que dizer das divisões inferiores sendo implementadas pelo clube? Movimentação de petizes, infantos, juvenis e juniores implicam em gastos/investimentos elevados e que somente se tornará possível com investimentos disponibilizados por uma SAF.

Se acolá tem sido possível e havido o surgimento e implementação de inúmeras SAF’s, certamente que por aqui a viabilidade se fará presente, atendidas cautelas e profundos estudos necessários com a transparência figurando em primeiro plano. Aguardemos.


(*) Ex-atleta

N.B. 1 –Quais as posições da Organização Mundial da Saúde e Organização Mundial do Trabalho com futebolistas desenvolvendo atividades profissionais em uma altitude superior a 4.000 metros acima do nível do mar? Omissão e silencio totais?

N.B. 2 –. Certíssimo o técnico Ancelotti em mandar para campo, frente à Bolívia, inúmeros atletas seus desconhecidos. A hora era oportuna. Que se dane a grande mídia.

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