Irmãos e irmãs, que Deus abençoe sua jornada!
A aridez espiritual tem tomado de assalto cada dia em maior proporção os relacionamentos.
Saudades daqueles tempos em que os irmãos eram mais irmãos. Saudades daqueles tempos em que o termo “polarização” era quase desconhecido. Saudades daqueles tempos em que a “zoação” era só um momento pra descontrair e não uma declaração de guerra.
Saudades daqueles tempos em que ser de esquerda ou ser de direita era apenas um posicionamento político e não o desejo da execração e/ou extinção do outro.
Deveríamos voltar ao tempo em que ser protestante significava não ser católico tão somente, e não a condenação propriamente dita e vice-versa.
Saudades do tempo em que uma fala do papa tinha resistência restrita às paredes do Vaticano. O católico até discordava, mas acatava, pois valia mais resguardar a unidade.
E Deus observa isso tudo, e observa, e observa, e observa.
E a humanidade não se emenda!
Amparado pelo meu livre-arbítrio de interpretação, Deus permitiu a presente catástrofe no Rio Grande do Sul, talvez como uma enorme oportunidade de nos mostrar a urgência da retomada de um modo de viver, que nos leve a entender a dependência uns dos outros, não importando raça, gênero, classe social, paixão clubística, religiosidade, opção política.
Será que mesmo assim, a união continuará tendo viés político partidário? A solidariedade terá apenas viés político? A compaixão só encontrará razão no viés político?
Enfim, procura-se Deus no coração do indivíduo. Ou o encontramos com urgência ou tudo estará consumado como um “dilúvio de ódio e rancor”.
Tudo estará perdido se não nos movermos no sentido de acolhimento da igualdade com fraternidade. Bem resumidamente, Jesus nos ordena: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Esta é a primeira receita e que não faz distinção. “Amai-vos” é bem generalizado. Uma vez que vencermos este primeiro desafio, o próprio Jesus nos premia: “… tudo que perdirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá”.
Logo, meu amado irmão e leitor, só depende de nós aprendermos a ouvir o que Deus nos fala. Por esta razão ouso afirmar que a tragédia aqui citada não se trata de um desejo de Deus, mas uma permissão pra que acordemos e enxerguemos o limite entre as trevas ilustradas por esta frieza das relações e a Luz, transfigurada pelo amor infindável de Deus.
Portanto chega de ódio, chega de arrogância, chega de se fazer superior. A bandeira do amor de Deus não é verde-amarela e nem é vermelha. A bandeira é branca. De paz e unidade.
Que Deus nos proteja de toda investida do maligno! Somos irmãos e iguais.
Bom domingo, boa semana.
(*) tiaoevilasio1@gmail.com
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