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Algo de bom em mim existe

FOTO: Freepik

Sebastião Evilásio (*)

Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão pelos que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

Abrir o artigo de hoje com esta jaculatória torna-se mais do que um spoiler da temática escolhida. Antecipa sobremaneira meu intuito de trazer à luz da reflexão tamanha indiferença com que tem sido tratada a caminhada de fé, não importa a denominação religiosa.

A humanidade descambou para uma forma de viver em que os valores humanos espirituais têm sido cada vez menos importantes.

Por exemplo: quando a Rússia ataca a Ucrânia, impiedosamente e quando Israel e Palestina (Hamas) trocam mísseis sobre mísseis ceifando vidas inocentes, os humanos vão desnudando seu caráter dantesco na busca do poder e do domínio.

Já não se falam mais de Deus; já não se falam mais com Deus.

Trazendo pra uma realidade mais intimista ou doméstica, a violência social, originada na ausência de compaixão e caridade, também tem matado a dignidade de muitos pobres e desassistidos de nossa sociedade.

Nossas marquises continuam sendo abrigos dos desvalidos; nossos pobres continuam sem atendimento de saúde adequado.

Estas também são violências contra a humanidade. Não se mata com tiros, mas se mata com descaso ou vista grossa.

Aqui também há uma demonstração de que o que Deus pede não se ouve mais. Se não observamos mais os dons da Sabedoria e da Caridade, onde encaixamos, então, o dom do Temor de Deus?

Quanto mais nos deixarmos ser conduzidos pelo modernismo de uma sociedade globalizada e mecanizada, quanto mais iremos perder a sensibilidade da presença humana à nossa volta.

É urgente que nos movimentemos no resgate da espiritualidade que nos faz perceber a dor, a carência e o sentimento do outro. Especialmente quando me dou conta de que o outro é presença mística de Jesus comigo.

Pela graça de Deus alguns movimentos e grupos ainda caminham bravamente no sentido da valorização humana.

Vejam o exemplo da Sociedade São Vicente de Paulo: busca assistir com alimento do corpo e da alma e persevera como um dos mais antigos movimentos da igreja católica; outro exemplo de “tirar o chapéu”: todos os dias tem-se notícias de fundação de Terço dos Homens em alguma paróquia, onde os homens têm sido despertados para a necessidade de uma maior proximidade e intimidade com Deus.

Rezemos pra que mais iniciativas entrem no combate à aridez do coração do homem moderno.

O indiferentismo é algo tão preocupante que São Clemente Hofbauer orou assim: “Ó meu Redentor, chegado estará o momento terrível, em que não restarão mais do que poucos cristãos animados do espírito de Fé? O momento em que, provocado pelos nossos crimes, nos retirareis Vossa proteção? As faltas e a vida criminosa dos Vossos filhos têm enfim impelido irrevogavelmente a Vossa Justiça a se vingar?

Ó Jesus, autor da nossa Fé, humilhai e convertei os inimigos da Igreja; concedei a todos os fiéis e príncipes cristãos e a todo o povo fiel a paz e a verdadeira unidade; fortificai-nos e conservai-nos todos no Vosso santo serviço, para que, vivendo para Vós, morramos também em Vós. Ó Jesus, autor da nossa Fé, viva eu para Vós e para Vós morra. Amém.

Assim me despeço meus queridos: não permitam que o Divino desapareça da sua humanidade. Até o próximo artigo, se Deus quiser.


(*) Contato: tiaoevilasio@gmail.com

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