Wanderson R. Monteiro (*)
Quando um ano se inicia ele traz uma infinidade de coisas consigo, dentre elas, muitos sentimentos como ansiedade, alegrias, medos, tristezas, gratidão pelos momentos felizes que ficaram no ano que passou, preocupações por todas as coisas que estão por vir, mas, dentre tudo o que o novo ano traz, o que mais se destaca entre todas as outras coisas é o sentimento de Esperança. Na verdade, tudo o que o novo ano traz está envolto e envolvido com a esperança, sem ela, o Ano Novo é só mais um marco para a passagem de tempo, sem a esperança de que o novo ano será diferente do que o anterior, o ano que se inicia virá a ser só mais uma repetição de dias em um ciclo que não termina, sem a esperança de dias melhores, sem a esperança de mudanças, um ano novo não faria sentido, a vida não faria sentido, tudo se perderia num vazio existencial. Sem a esperança de mudanças, os dias, o ano, e toda a vida, perde todo o estímulo, perde toda a alegria. Sem a luz da esperança, todos nós nos entregaríamos à escuridão da tristeza e da melancolia, que se estenderia até o fim de nossos dias na terra.
Todo fim de ano somos tomados por sentimentos de esperança, e esperamos que o ano que irá se iniciar traga para cada um de nós a concretização de nossos planos. Esperamos que o ano novo traga a materialização de nossas projeções e esperanças, e a pergunta que fica é: A simples passagem de tempo, a mudança de ano, tem a capacidade de mudar a nossa vida? A passagem de tempo, por si só, tem a capacidade de transformar todos os transtornos do ano anterior e modificar a nossa história de vida para o ano que chega? Todos nós sabemos que não!
A simples virada de um ano para o outro não tem a capacidade de transformar e resolver todos os problemas que tivemos e não resolvemos no ano que se findou, mas temos a esperança de que tudo irá mudar depois da queima de fogos do dia 31 de dezembro. A esperança é boa e, para muitos, infelizmente, é só ela que os resta, só ela que os fazem se levantar todos os dias, mas a esperança não pode ser uma esperança cega. Nada se resolve como num passe de mágica, os fogos do dia 31 de dezembro não são nenhum tipo de pó mágico que transformam a nossa realidade no instante em que são estourados. Nada muda se nós não mudarmos. Se queremos um ano realmente “Novo”, precisamos ter uma vida nova.
Muito mais do que lamentar as dores e as dificuldades do ano que termina e fazer planos para o ano novo, precisamos ter o compromisso de fazer tudo diferente no ano que se inicia. As coisas que deram errado no ano de 2023 não darão certo no ano de 2024 se forem feitas da mesma forma e do mesmo jeito, se trilharmos os mesmos caminhos e passos, chegaremos sempre no mesmo lugar, independentemente dos anos que se passarem, e das esperanças que tivermos. Ter esperanças de que o ano Novo seja melhor repetindo as atitudes velhas e destrutivas do ano que se finda, simplesmente “por ter esperanças” de que o ano novo será melhor, é apostar em time que já perdeu, é uma esperança cega, sem nenhuma base racional.
Com o início do ano de 2024, temos mais uma chance de fazer tudo diferente, tudo aquilo que nos atrapalhou no ano de 2023, tudo aquilo que trouxe problemas, tudo aquilo que nos entristeceu, tudo aquilo que fizemos errado em 2023 não deve ser repetido no ano de 2024, se quisermos ter um ano diferente.
Que digamos adeus ao ano velho, adeus ao ano que se finda, que guardemos as coisas boas, que venhamos repetir as coisas que nos fizeram felizes e, principalmente, as coisas que fizeram as pessoas que amamos felizes. Tudo aquilo que nos fez bem e fizeram os outros bem, deve ser repetido, e tudo aquilo nos atrapalhou, deve ser deixado para trás.
Um ano novo está intrinsecamente condicionado a uma vida nova, a atitudes novas, a novas coisas, novos planos, novos projetos, novos sonhos… O ano novo está condicionado a uma pessoa nova. Nunca teremos um “Ano Novo”, grandes transformações e grandes mudanças se continuarmos sendo os mesmos e fazendo sempre as mesmas coisas. O Ano Novo está condicionado a uma pessoa e uma vida nova, se estivermos comprometidos em mudar a nossa forma de ver, enxergar, e atuar no mundo, mudar tudo aquilo que nos atrapalhou no ano que se findou, então podemos ter esperança de mudanças reais para o ano novo.
Que venhamos dizer adeus ao ano velho, às atitudes velhas, e que recebamos com alegria e esperança o ano novo, dispostos a ser pessoas novas, a ter posturas e vidas novas, para que ano que se inicia seja realmente Novo, em todas as suas possibilidades!
Wanderson R. Monteiro
Dr. Honoris Causa em Literatura e Dr. Honoris Causa em Jornalismo.
Bacharel em Teologia, graduando em Pedagogia.
Acadêmico Correspondente da FEBACLA.
Acadêmico Fundador da AHBLA.
Acadêmico Imortal da AINTE.
Vencedor de quatro prêmios literários.
Coautor de 13 livros e quatro revistas.
(dudu.slimpac2017@hotmail.com)
São Sebastião do Anta – MG
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