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A comunicação

Luiz Alves Lopes (*)

Deu na edição do DRD do dia 19 de fevereiro do ano em curso que o ministro das Comunicações de nosso país recebeu comitiva com representantes valadarenses na capital federal, ocasião em que foram abordadas e discutidas possibilidades de ampliações e melhorias em alguns meios de comunicações de nossa cidade, bem como celeridade nos processos administrativos. Notícia boa, alvissareira mesmo.

Ninguém assume, mas com certeza há em nosso Brasil varonil uma acirrada disputa pelo quarto poder entre Ministério Público e a mídia. Disputa interessante, salutar e de grande valia. Ambos importantíssimos quando se fala em Estado Democrático de Direito. Nesse sentido, Legislativo, Executivo e Judiciário assistem a distância.

Em fragmentos da história esportiva de Governador Valadares e região, nomes, fatos e acontecimentos são lembrados, muitas vezes, com comparações que não procedem. Eis que o mundo mudou certamente para pior quando se fala em determinados valores, mas é uma realidade inexorável. “Bola pra frente, Bolivar” … ou “bola pro mato que o jogo é de campeonato”.

Saudosistas e masoquistas aos montões aqui da terrinha, cujos pecados maiores foram as paixões desenfreadas pelos clubes de seus corações, não esquecem que, no passado, nas páginas dos jornais locais e nos microfones de nossas emissoras de rádios, o pau comia, a vaca tossia e a cobra fumava, mas malfeitos eram levantados e divulgados, com responsabilizações.

Mídia esportiva valadarense

Se é verdade que Sebastião “Carioca” Nunes e Beto Teixeira são os mais lembrados, não menos verdade que nomes como os de Osman Monteiro, Eder “Helinho” Passos, Moacir Marques, Professor Clarisdon Félix, Ailton Dias, Zé de Nô, Roberto “Dinamite” Marques, Odilon Lagares, Alírio Dutra, Nélson Moraes Brasil, Ademir Cunha e um punhado de gente boa da velha guarda faziam acontecer na mídia esportiva valadarense.

Não menos verdade que os dirigentes também eram outros, passionais e apaixonados, porém, muitos dignos, não custando enumerar Dolfino Chisté, Almir Lordes, Joaquim Inácio, Clementino Cadete, João Rosa, Feca Barbosa, Ranulfo Alvarez, Odilon da Casa de Couros, Velho Marcos, Serafim Leiteiro, Anísio Costa, Geraldo Maringá, César de Assis, Josino de Souza e, aliás, …. a lista é enorme.

Em que pese o surgimento de uma plêiade de novos dirigentes esportivos, com alguns da velha guarda sobrevivendo (certo, Maleiro?) e com uma rapaziada nova e qualificada na mídia /comunicação, fatos e acontecimentos tristonhos do mundo esportivo valadarense vêm ocorrendo naturalmente, contudo, sem a contundente reação dos agentes que detêm legitimidade para tal. Uma pena!

Liga de Futebol Amador

Apenas como exemplo maior é a situação da Liga de Futebol Amador, que trienalmente elege uma diretoria, toca o barco sem incômodo algum, deixando de promover competições oficiais de qualquer envergadura, sendo difícil até mencionar quem foi o último campeão amador e em que ano. Campeonato, não torneio, viu gente…

A situação do Cruzeiro Futebol Clube, um de nossos mais tradicionais clubes amadores, também é emblemática para não dizer coisas piores. Dinastia ou Monarquia? A cada dia que passa mais uma transação imobiliária… e nada acontece. Malvino Caldas, Otávio Coelho de Magalhães, Odilon da Casa de Couros, Velho Marcos e outros tantos deram suas “vidas” pelo azulão da Avenida Brasil. Uma lástima!

Cadê os novos campos?

O “campo” do Pastoril se foi, o clube também; sua história não foi contada e estamos conversados. Saudosismo é coisa para velhos, para desocupados e para pessoas que não têm o que fazer. Tá bom! Felizes aqueles que viram Jota, Djalma, Ronan, Caboclinho, Palheta, Caçapa, Maranhão, Cocó, Joel, Pedrinho, Paulo Bitaca, Lício, Carioca e…

Campos do Bangu Atlético Clube (de Almyr Lordes) e do Ibituruna da “pedra forte” (de Feca Barbosa) foram para o espaço. São passadas mais de duas décadas com compromissos firmados em cartório de que novos campos surgiriam. Compromissos… apenas!

De propriedade privada e apenas para registro, também o campo da PERIQUITO se foi, sendo apenas e tão somente mais um espaço para prática do futebol que desapareceu. E assim vamos caminhando…. para onde?

0xalá venham as melhorias e ampliações aventadas na apontada notícia, oportunizando o aproveitamento e surgimento de novos valores no campo midiático que, somados aos já existentes, possam provocar em horários e espaços apropriados o debate e a discussão sobre a vida de nossos clubes futebolísticos em especial, bem como de clubes outros que proporcionam a prática de esportes não menos importantes.


(*) Ex-atleta

N.B.1- Romualdo Arppi Filho se foi aos 84 anos de idade. Cognominado de “coluna do meio”, pelo percentual altíssimo de empates nos jogos em que dirigia, dignificou a arbitragem brasileira. Árbitro de Copa do Mundo, tendo, aliás, apitado uma finalíssima em 1986.

N.B.2- Edina Alves Batista, árbitra brasileira de futebol, pertencente ao quadro da FIFA, demonstra personalidade que falta aos marmanjos na direção de uma partida de futebol. E não dá prorrogação para cobrança de escanteio. Conhece e aplica a regra.

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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