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A cidade vai

FOTO: Prefeitura de Governador Valadares

Escrevemos certa vez que já ouvimos falar de muitas teorias pessimistas sobre a economia de Governador Valadares-MG, muitas até, bobagens. Uma dessas teorias preconizam o seguinte: “Valadares vai se tornar uma cidadezinha da vida”, alusão a GV comparada com “cidadezinhas” da região, lugares simpáticos, bucólicos, com suas tradições, mas estacionadas no tempo quando comparadas à metrópole. Por questões éticas não vamos citar o nome de nenhuma delas.

Essa primeira teoria é “fichinha” perto da aberração de outra que diz: “o último que sair apaga a luz”. Uma tolice. Pelo tamanho e nível de desenvolvimento já alcançado, é bem mais provável que no futuro, em termos de prosperidade, Valadares se pareça mais com Uberlândia-MG, do que com o regresso ao patamar dos pequenos municípios. Outra narrativa vazia: “a cidade vai fechar para balanço, o comércio vai mal, basta ver a quantidade de imóveis para locação”, esse assunto necessita análise especial o que faremos oportunamente.

Esse texto não tem coloração de preferência ou defesa política, até porque não temos procuração ou uma pauta jornalística para cumprir esses papéis. São simples análises dos fatos. Nesse momento a cidade já ganhou o maior prédio da região com 28 andares, em breve vai ganhar outro de 28 no Esplanadinha, outro com 27 na Afonso Pena, um de 22 na Oswaldo Cruz, outro com 24 na Dom Pedro II, e tem pelo menos mais uns quatro entre 17 e 20 andares. Dá para perceber também que a cidade ganhou outra região nobre e próspera, com surpreendente desenvolvimento imobiliário e comercial, praticamente independente do centro, o bairro Lagoa Santa.

Com duas escolas de Medicina, a chegada do Banco do Nordeste e a construção do novo Fórum no Vila Bretas, a urbe vai crescer em qualidade. Consideramos positivo que este projeto de asfaltamento e recapeamento das principais ruas do Centro, como a avenida Minas Gerais, a Israel Pinheiro e Bárbara Heliodora, afinal, nota-se que esteticamente a cidade fica mais bonita e passa a impressão de cidade desenvolvida. Isso não acontece somente na área central, a avenida Altino Marques, a principal do bairro Elvamar que vai até a sede do Minas Clube, a rua Vale Formoso no Jardim Pérola e a continuação da Israel Pinheiro a partir do Esplanadinha também estão sendo beneficiadas. Nos parece que outras ruas centrais vão ter o mesmo tratamento.

A nova avenida JK ficou uma vitrine, causa boa impressão a quem chega, mas como nem tudo nesse mundo é perfeito, o projeto dessa mudança precisa atentar para o fato de que a rua Omar Magalhães, continuação para o Centro precisa de trato especial, do jeito que hoje se encontra quebra o encanto da JK, é como alguém que atravessa a fronteira dos Estados Unidos para o México, um impacto contraditório. Aquela rua precisa de asfalto novo, capina, aplicação do código de posturas, sinalização vertical e horizontal, organização de passeios e outras coisas mais para harmonizar e sintonizar o projeto. A placa indicativa no seu início “proibido ônibus e caminhões” desapareceu. 

Outro ponto interessante é a implantação da nova sinalização semafórica, moderna e inteligente, equipamento urbano que traz outro significado para a cidade. Mas ficam algumas dúvidas. Por que em alguns cruzamentos os semáforos têm determinado formato (03 faróis principais – verde, amarelo e vermelho, mais cinco pequenos faroletes ao lado, vermelhos e/ou verdes) e em outros, apesar de novos, mantêm o formato tradicional? Porque pintaram na cor prateada alguns suportes e mantiveram em outras esquinas o mesmo amarelo dos sinais antigos?  Aquela rotatória do bairro Altinópolis, em frente a um supermercado, na saída para Teófilo Otoni, necessita urgentemente de semáforos.

Se a Infraero der sequência ao planejamento da construção da nova estação de passageiros e outras melhorias no aeroporto, a cidade vai. Aqui também vai mais uma sugestão: normalmente quem chega à cidade de avião  são pessoas que contribuem diretamente com as mudanças da sociedade, são empresários, executivos, professores universitários, grandes comerciantes, etc. que precisam levar boa impressão da entrada da cidade, nesse formato, a rua que cruza a parte de baixo do bairro Castanheiras, entre a rotatória ao lado de um cemitério até a JK, passando por baixo de um viaduto da Vale, também necessita urgentemente de melhorias e transformação. Dessa forma a cidade vai.


(*) Crisolino Filho é escritor, advogado e biblioteário | E-mail: crisffiadv@gmail.com | Whatsapp: (33) 98807-1877 | Escreve nesse espaço quinzenalmente

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