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EXÓTICOS E INVENÇÕES

por Crisolino Filho

Tempos atrás, antes do aparecimento da pandemia do coronavírus, cenas exibidas na TV e em revista de famosos mostravam por que não somos historicamente mais desenvolvidos. Numa delas, um monte de cariocas vai para as corridas do Jóquei Clube da Cidade do Rio de Janeiro “fantasiados” de europeus. Residentes numa cidade de clima tropical e cercada por centenas de favelas. Que contradição! É de doer a mente. Outra cena é aquela repetida praticamente todos os anos durante a estação do inverno, quando turistas correm para a cidade catarinense de São Joaquim. Buscam um encontro com a famosa neve, e ali, naquela cidade turística, dão entrevistas emocionados para as TVs, e têm alguns que chegam a chorar de emoção ao ver a neve cair pela primeira vez. Seria o mundo dos mundos! Se ficarem mais de dois ou três dias na cidade pagam caro para ver uma paisagem não tão densa de flocos e cristais de gelo. Tristes trópicos.

Outros pensam que a cidade paulista de Campos do Jordão e a sul mineira Monte Verde fazem parte do território suíço. Se comportam como se lá estivessem. Se consideram “chiques” e falam de “foundy”, como se tudo aquilo fosse coisa inacessível a um mortal. Ironia das ironias é que, numa dessas cidades, apesar do aparente clima de tranquilidade, um naco do Brasil rondou por lá num certo inverno: um arrastão de furtos sacudiu a campesina. Exóticos não? Essas ilhas de bem-estar elevado não têm a mesma cara do resto do país.

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 Somos brasileiros até debaixo d’água. Torcemos muito para que este país dê certo. Acreditamos que depois que esta pandemia passar, vamos nos recuperar muito rápido e nos transformar numa das nações mais prósperas do mundo. Tudo indica isso. Depois de mais de 520 anos de história, até então, o Brasil arrastou seu processo de evolução ao lado dos países emergentes, num ritmo mais lento do que daqueles. O progresso ou atraso de uma nação tem tudo a ver com sua formação educacional e cultural. Naqueles países em que a educação é a primeira preocupação, desenvolveram extraordinariamente. Já naqueles que somente se arrastaram a reboque dos países mais evoluídos, sem se preocupar com a qualidade do ensino de seu sistema educacional, subdesenvolveram. Um exemplo clássico? Não existe um grande filósofo, sociólogo, economista, político, físico, matemático, dramaturgo ou pensador de língua portuguesa que tenha influenciado o mundo de forma global. A maioria é formada por americanos, alemães, franceses, ingleses, italianos, etc.

Para não ir muito longe, todo esse conforto material do qual o mundo se aproveita hoje, foi inventado pelos mesmos países que influenciaram o conhecimento humano: Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra e Itália. Deles vieram as grandes descobertas. Tem, no entanto, a questão dos americanos questionarem a invenção do avião. Para nós brasileiros o autor da proeza foi Alberto Santos Dumont; para os “gringos” foram os irmãos Wright. Mas tudo bem, fica meio a meio, e fica resolvida a questão.

Lista das invenções e seus países: ESTADOS UNIDOS – Ar-condicionado, barco a vapor, borracha vulcanizada, caixa registradora, celuloide, congelação de alimentos, descaroçador de algodão, elevador, fecho-éclair, foguete de combustível líquido, fonógrafo, freio de ar comprimido, hidravião, lâmpada elétrica, máquina de escrever, motor elétrico, nylon, projetor de cinema, refrigeração mecânica, submarino, telefone, telégrafo, televisão;  FRANÇA – cinemascópio, cinematógrafo, conservas alimentícias, fotografia, fotografia em cores, máquina de costura, máquina de fazer papel, paraquedas ; INGLATERRA – fósforos de segurança, lâmpada de mineiros, locomotiva a vapor, pilha elétrica, propulsão a jato, televisor; ALEMANHA – aparelho de raio x, imprensa, motor de combustão interna, motor a diesel; ITÁLIA – barômetro, rádio, termômetro;

Claro que muitos desses inventos foram aperfeiçoados pela tecnologia atual, mas foram a partir deles que tudo começou. Outras coisas como cartão de crédito, supermercados, computadores e computadores pessoais e shopping centers também são inventos dos americanos. Ou seja, o conforto do mundo surgiu essencialmente nos países de economia liberal, economias abertas. 

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal

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