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Um técnico diferenciado

No limiar da temporada futebolística de 2025 o Cabuloso das Minas Gerais estava uma “draga” danada, com dificuldades para classificar-se ao quadrangular final do campeonato rural, noves fora uma série de outras dificuldades dentro das quatro linhas.

Sem alarde ficou livre de Fernando Diniz e trouxe para o comando técnico um português que atendia e continua a atender pelo nome de Leonardo Jardim, acompanhado de três auxiliares, concorrendo ainda para que o executivo Alexandre Mattos se mandasse para um clube da família de Neymar, lá para as bandas da baixada santista.

Discreto, sem falar palavrões, sem gritar com ninguém, trabalhando muito, enquadrando Gabriel Barbosa e Dudú, deu ao clube celeste um padrão de jogo e fez bonito na Copa do Brasil e campeonato brasileiro, neste último obtendo um honroso terceiro lugar e classificação direta para a Libertadores.

Como pessoa educada, na área técnica dos campos de nosso país, assistiu estarrecido cenas grotescas por parte de inúmeros atletas e condutas inaceitáveis da quase totalidade de nossos árbitros. Seu semblante fechado sempre passava para os observadores mais atentos seu descontentamento com o que via, sob condescendência geral.

Com cuidado, por ocasião de entrevistas ao termino dos jogos, deixava e dava a entender que ao final da temporada, deixaria o Cabuloso e o país de forma educada e silenciosa, porém estarrecido com tanta bagunça, tanto desmando e tanto jogo de interesses.

E o fez em alto nível. Deixa-nos um exemplo de cavalheirismo, de profissionalismo, de competência e de muito trabalho dentro das quatro linhas. Deixa um time bem organizado, com um padrão definido e que, com alguns ajustes, poderá brigar por títulos na temporada do ano que se aproxima.

Leonardo Jardim – mais um portuga – trabalhou em clube das Minas Gerais. Se seu trabalho tivesse sido desenvolvido em um dos grandes clubes do Rio de Janeiro ou de São Paulo, a mídia raivosa, clubística, interesseira e parcial, estaria enaltecendo sua passagem por nosso país, dando loas a tudo de bom, de correto e de positivo feito por aqui. Mas…

No eterno país de terceiro mundo que piora em todos os níveis a cada dia, vale a bajulação e subserviência da quase totalidade de nossos técnicos e de seus empresários, abdicando da ética, dignidade, respeito e valores outros que dignificam o ser humano. Uma pena.

Nossa mídia, interesseira, continua tomando partido dos maiorais – clubes e futebolistas -, deixando de lado o debate que possa contribuir para a melhoria de nosso futebol em todos os sentidos. A diferença brutal de alguns poucos em relação a grande maioria de muitos outros, empobrece a disputa e a torna menos convidativa e interessante.

Na conduta de Jardim e suas convicções pareceu não ser ele como outros tantos. Ao contrário, demonstrou ser diferente e até esquisito em um mundo onde valores reprováveis estão se tornando naturais e aceitáveis. JARDIM demonstrou ser pessoa e técnico diferenciados.

Certamente um sonhador, Jardim alimentava o desejo de torná-los realidade, com a esperança de DAR ao futebol brasileiro algo mais do que a mediocridade com a qual convivemos, nos acostumamos, aceitamos e batemos palmas.

Profissional do bem, competente, de coração puro e aberto, Leonardo Jardim se despediu. Certamente terá pela frente novos desafios. Oxalá em terra firme, sem ciladas e armadilhas tão presentes no mundo do futebol atual.

Para o observador isento e atento, a certeza de que passou pela terra de Cabral na temporada futebolística de2.025, um senhor técnico de futebol chamado Leonardo Jardim, também português, totalmente diferente de um seu compatriota muito vencedor por aqui, porém sem um mínimo de educação e respeito.


(*) Ex-atleta

N.B.1 – A Lei 4.320, de 17.03.1964, estatui normais gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, MUNJICIPIOS e Distrito Federal. Quanto a Lei Complementar nº 101, de 04.05.2000, estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Aos Vereadores, a nobre missão de Legislar e FISCALIZAR.

N.B.2 – Ao contrário das críticas injustas e imerecidas, o torcedor tricolor deve agradecer e reverenciar THIAGO SILVA nesta sua última passagem pelo tricolor das laranjeiras. Liderança exemplar e jogando como nunca aos 40 anos de idade, evitou o rebaixamento na temporada passada e o classificou para a LIBERTA do próximo ano. Fez demais.

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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