Afora um tal de Édson Arantes do Nascimento, fruto de estrepolias de dona Celeste e senhor Dondinho lá para as bandas de Três Corações nas Minas Gerais, o futebol mundial nas últimas décadas ficou polarizado entre Cristiano Ronaldo e Messi, ainda que Toni Kross, 0zil, Neuer, Khedira, Modric, Salah, Dijk, Sadio Mané, Lewandowski, Luizito Soares e alguns outrosse mantivessem competindo em altíssimo nível.
Em parte de tal período surgiu lá para as bandas da Vila Belmiro um pretendente a craque de futebol de nome Neymar Júnior, relativamente habilidoso, mas pessimamente criado e que no limiar de sua carreira teve o desplante de ofender e adotar postura reprovável em relação ao seu técnico, nada menos que Dorival Júnior. Péssimo início. Péssimo exemplo.
Coube a Renê Simões, técnico de futebol não tão consagrado, mas respeitado, naquela ocasião, publicamente recriminar a atitude do atleta, o que fez com veemência e com a coragem normalmente faltosa em tais oportunidades, sob receio de críticas e retaliações.
O tempo passou, a história, chiliques e confusões do atleta são por demais conhecidos e os paparicos também.Figurou no esquadrão do BARÇA que ganhou tudo ou quase tudo e de onde saiu de forma não diplomática e de onde, certamente, poderia alcançar o cetro de melhor do mundo pós Messi e Cristiano. Não soube se conduzir ou foi pessimamente conduzido.
De lá para cá, desapareceu a figura do atleta profissional de futebol, dando lugar a um ser humano esquisito, descomprometido, sem personalidade, que provavelmente se acha ‘muito bonito’ e que parece não saber o que realmente quer, se é que quer alguma coisa da vida.
Na seleção canarinha pouco ou quase nada fez e não tendo se cuidado fisicamente, dele pouco ou quase nada se pode esperar. A idade também chega para os famosos e com ela há de se buscar novos horizontes desde que dotado de massa encefálica. Parece não ser o caso.
Certo é que o Brasil continua sendo celeiro de promessas de atletas de futebol, porém deles se desfazendo muito cedo, carentes ainda de lapidação. As necessidades financeiras de nossos clubes falam mais alto. As SAF’s resolverão tal impasse no futuro? Ou seus donos são apenas e tão somente comerciantes/empresários? A conferir em breve.
Se não todos, a grande maioria de nossos jovens que se iniciam na prática do futebol, de rudimentar formação escolar, desconhecem valores primários que dignificam o ser humano: o que representa o pavilhão nacional, nosso hino, nossas dívidas sociais e outras coisitas mais. Se limitam a ‘mascarem’ chicletes por ocasião do hino nacional. E com a cabeça totalmente voltada para países maiores, para o eldorado do futebol.
Vitor Roque, o Gordinho, foi e voltou. Endrick está dando um passo atras em busca da afirmação, agora no menos exigente futebol francês. Oxalá consiga. Vinicius Júnior continua com altos e baixos, jogando muito no Madrid e quase nada na canarinha. Rodrigo parece o mais centrado e equilibrado de todos, porém nada que possa deslumbrar o mundo do futebol.
Com a acertadíssima contratação de Carlo Ancelotti pela CBF a boleirada caiu na real, todos se conscientizando de que ninguém tem mais cadeira cativa na seleção. Ufa! Até que enfim… E também parece que não há lugar para os palpiteiros, principalmente da mídia.
E aí aparece o “menino Estevão” que arrebentou no Palmeiras, foi bem no mundial, está indo muito bem no Chelsea da Inglaterra e a quem a “amarelinha” está fazendo muito bem. O garoto gosta de jogar futebol, tem um sorriso contagiante, uma personalidade impressionante, não parecendo ser mascarado e tem produzido um futebol de encantar o torcedor.
Lamine YAMAL o talentoso jovem atleta do Barcelona já é uma realidade e deve, com todos os méritos, ocupar lugar de destaque no futebol mundial nos próximos anos. 0 Menino ESTEVÃO, a continuar na toada em que se encontra, certamente em pouco tempo estará revezando e rivalizando com o Espanhol no andar de cima do futebol mundial.
Oxalá que os Deuses do Futebol sejam receptivos ao Menino Estevão e que o Criador do Universo dele tome conta, o abençoe e guarde porque no mundo do futebol impera a podridão, interesses escusos, futricas, inveja e tudo mais que há de nefasto. Vida longa ao Menino Estevão e seu sorriso cativante. Que mantenha a humildade e vontade de bem tratar a ‘maricota.’
(*) Ex atleta
N.B. 1 –Visível o cansaço físico de nossos grandes clubes na reta final do brasileirão. Resultados surpreendentes e uma gangorra danada na tabela de classificação tanto na parte de cima como na parte da degola.
N.B.2 – Democrata Pantera começa a definir seu plantel para a disputa de mais um campeonato mineiro. Certame curtíssimo e que não comporta vacilo para quem sonha em continuar na divisão maior do futebol do Estado.
