Valadarenses contam sobre as lições que tiraram deste período de um ano de pandemia

Momento é de reflexão, já que a pandemia ainda existe e os números de casos no país já chegaram a mais de 11 milhões

A Covid-19 continua afetando muita gente no Brasil, que atualmente tem o registro de mais de 11 milhões de casos, com mais de 266 mil mortes, de acordo com a última atualização do painel Coronavírus disponibilizado pelo Governo Federal. Além disso, novas variantes da doença têm sido identificadas no país, e com os leitos de hospitais destinados ao tratamento da doença lotados, muitas cidades já aderiram ao lockdown, situação que aumenta o embate político em torno do assunto. A pergunta é: qual a reflexão que as pessoas estão fazendo neste momento?

Mesmo com a vacina, nem todos se sentem seguros, já que ainda só os grupos prioritários têm sido imunizados. Pais que não têm a segurança de deixar os filhos voltarem às aulas presenciais, a necessidade de trazer o sustento para a casa em meio às restrições e perigos de contaminação, a falta de responsabilidade de pessoas que produzem eventos com aglomeração e a gestão dos governos Federal, municipal e estadual na condução do combate à pandemia são situações bastante discutidas pelo povo brasileiro.

Diante do contexto difícil, o DRD ouviu alguns valadarenses sobre qual reflexão eles tiraram neste período de pandemia, que existe praticamente há um ano. Jane Rabelo é professora universitária em Governador Valadares e ressalta que este momento é de ainda muito cuidado, pois nem todos cumprem o papel de se cuidar. “O momento ainda é muito preocupante. Acho que estamos no pior momento da pandemia e muitas pessoas se cansaram do isolamento ou não podem mais ficar sem trabalhar, porém muitos não tomam os devidos cuidados de prevenção e isso aumenta o risco. Temos a vacina, mas o número de doses ainda não é suficiente. Temos que ter paciência e mantermos os cuidados. Este tempo é uma oportunidade para rever a vida, valorizar a família e os amigos, criar estratégias de superação e, acima de tudo, tempo de agradecer a Deus pelos seus cuidados e livramentos. Penso que sairemos mais fortes desta pandemia”, disse.

Para Jane Rabelo não é momento de se descuidar (foto: Arquivo Pessoal)

Pedro Rodrigues é analista de suporte e reconhece que o momento é difícil com as muitas mortes, além do enfraquecimento da economia que afeta milhões de famílias brasileiras. “É fato que a situação ainda continua sendo difícil. O que tenho como reflexão sobre o cenário, que a pandemia acabou ‘impondo’, é o quão incerto o mercado de trabalho pode ser para a maioria das pessoas. Além das mortes e perdas que o vírus trouxe consigo, é nítido que a área financeira de diversas famílias foi afetada com o desemprego, o que não é algo nada viável para nenhum trabalhador, considerando as condições atuais do país. Creio que ainda enfrentaremos longos meses com muitas dificuldades, até a vacinação geral da população, visto que existe um grande desleixo, no quesito precaução, por parte do povo”.

Pedro Rodrigues acredita que a situação complicada ainda existirá por muitos meses (foto: Arquivo Pessoal)

João Carlos Júnior é pastor presbiteriano e entende que o momento de pandemia tem sido complicado por diversas questões. “O sentimento é de incompetência, teimosia e fragilidades. Num primeiro momento, parece que a dor nos acordou. Em seguida nos adaptamos a ela, usamos os paliativos e voltamos a nos esquecer do que é mais importante. Concluo que ainda estamos nos dando ao luxo de pensar pouco, avaliar pouco e refletir pouco. Mas enquanto tivermos oportunidade, devemos buscar a sabedoria prometida por Deus aos que pedirem conforme Tiago 1.5: Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus que a todos dá liberalmente”.

O pastor João Carlos Júnior ressalta que o sentimento é um misto de fragilidade, incompetência e teimosia (foto: Arquivo Pessoal)

Já o atendente de uma lanchonete, Henrique Sichi, imaginou que a situação mudaria a postura das pessoas e o trato umas com as outras, mas não foi isso que aconteceu. “No princípio achava que esse momento em que vivemos, as pessoas num modo geral, melhorariam sua forma de pensar e de agir. Achei que até teria mais união entre as pessoas. Fico muito triste, pois ao mesmo tempo que chega as vacinas para ajudar, vemos que a cada dia sobe os números de mortos, e as aglomerações ainda acontecem. Quando entra a política piora tudo. Ao ligar a televisão ou ler alguma notícia, vejo que teremos que tomar as nossas decisões sozinhos. Em relação ao mercado de trabalho, empresas estão encerrando seus serviços e os números de desempregados sobe a cada dia, o que me traz muito receio. Acho que existe diversos modos de trabalhar com as restrições necessárias”.

Henrique Sichi conta que o momento ainda é de muita tristeza e insegurança (foto: Arquivo Pessoal)

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