Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora: acolha esta ideia!

A ideia é buscar pessoas dispostas a zelar por crianças e jovens de zero a 18 anos, oferecendo-lhes carinho, atenção, respeito e cuidados

No final de uma celebração, dona Lila foi apresentada a um Serviço que transformaria para sempre a vida dela e de toda a família. E, principalmente, de crianças e jovens com laços rompidos com a família de origem. Trata-se do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora – ofertado pela Prefeitura de Valadares, através da Secretaria Municipal de Assistência Social. 

Dona Lila, então, entregou a documentação necessária, participou de todo o processo de capacitação (que por causa da pandemia, está sendo feito on-line), recebeu o certificado e encontra-se apta a abrir as portas de casa para receber crianças e adolescentes que necessitam conviver em família, recebendo todo cuidado, amor, atenção e dedicação. “Tenho três filhos biológicos e, por enquanto, outros três de coração. Digo isso porque, enquanto Deus me der vida e força, vou acolher em meu lar, quem precisar. Amor eu tenho de sobra”, contou.

Carol, de 9 anos, ficou sob os cuidados da dona Lila durante dois anos, enquanto a família biológica se reestruturava. Depois de um ano com a família de sangue, ela precisou ser retirada do seio materno novamente e voltou para a família acolhedora. O tempo passou e a Justiça decidiu que Carol iria para adoção. No entanto, a juíza respeitou a opinião de Carol, que não queria ser adotada, e deu a guarda definitiva dela para dona Lila. Hoje, Carol tem 14 anos, um lar e uma família que a ama e a ensinou valores que ela vai levar por toda a vida.

Embora os nomes sejam fictícios, a história é real. E, no momento, dona Lila está acolhendo outros dois meninos, de 8 e 11 anos. “Todos deviam conhecer e participar desse projeto, porque, através dele, temos a chance de fazer a diferença na vida de crianças e/ou adolescentes. O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora é uma prova de solidariedade, de amor ao próximo e uma forma de nos aproximarmos mais de Deus”, declarou dona Lila.

No município, temos duas famílias aptas a acolher e outras três participando do processo de capacitação. Mas o ideal era termos 10 famílias. “Precisamos fortalecer a cultura do Acolhimento Familiar e sensibilizar a sociedade para que, dessa forma, possamos somar esforços e aumentar o número de acolhimentos familiares, criando alternativas para acabar com o acolhimento institucional em nosso município”, explicou a coordenadora do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, Marlene Faria Campos.

Conheça o Serviço

O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora  busca pessoas dispostas a zelar por crianças e jovens de zero a 18 anos, oferecendo-lhes carinho, atenção, respeito e cuidados. A guarda temporária permanece com os acolhedores por um período de seis meses a dois anos, enquanto a família de origem recupera a segurança e autonomia. Todo o acolhimento é acompanhado por uma equipe técnica composta por coordenação, assistente social e psicóloga, que são responsáveis ainda por informar ao Poder Judiciário a respeito da situação da família de origem e do acolhido.

Quem pode participar?

Podem participar do Serviço de Acolhimento pessoas da comunidade previamente cadastradas e selecionadas, habilitadas pelo programa, que ofereçam amor, carinho, cuidado, proteção, convivência familiar e comunitária.

Como funciona?

Primeiro, a família interessada em fazer parte do Serviço deve procurar a Secretaria Municipal de Assistência Social (rua Pedro Lessa, 364, bairro de Lourdes) ou ligar para 3277.9300/ 3277-9394 e agendar o atendimento com a equipe técnica.

O passo seguinte é a fase de habilitação – momento em que a família deve providenciar os documentos pessoais (RG, CPF), comprovante de residência, comprovante de rendimentos, certidão negativa de antecedentes criminais e atestado de saúde física e mental de todos os membros da família maiores de idade para fins de efetivação de cadastro.

Após a análise dos documentos, a família vai receber a visita domiciliar, seguida de entrevista, na qual serão observados os critérios de concordância de todos os membros familiares. Para finalizar a fase de habilitação, é ofertada capacitação às famílias (que, em função da pandemia, está sendo feita on-line. São seis encontros).

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