Antes de espalhar uma informação, é melhor verificar. Site e redes do TSE e dos TREs são o melhor caminho para verificar se uma informação é falsa ou não
Eleição é coisa séria, e divulgar informações falsas é mais ainda. Cabe a cada eleitora ou eleitor ficar atento às mensagens e notícias que recebe no período eleitoral. Pesquisa de opinião do DataSenado realizada em 2019 apontou que aproximadamente oito em cada dez entrevistados já identificaram notícia falsa em rede social. O levantamento mostrou também que a influência das redes sociais como fonte de informação para os eleitores só cresce e, ainda mais, para os jovens eleitores.
De acordo com a pesquisa, quase metade dos entrevistados (45%) afirmaram ter decidido o voto levando em consideração informações vistas em alguma rede social. O percentual foi ainda maior entre pessoas na faixa dos 16 a 29 anos: 51%.
O levantamento também destaca que a principal fonte de informação do brasileiro é o aplicativo WhatsApp. Das 2,4 mil pessoas entrevistadas, 79% disseram sempre utilizar essa rede social para se informar.
Dados assim mostram que é preciso ter muito cuidado na hora de passar para frente alguma informação e que a responsabilidade de cada jovem é grande. Segundo o cientista político e Analista de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Diogo Cruvinel, ao votar sem conferir se as informações a respeito dos candidatos são verdadeiras, o eleitor estará comprometendo não apenas o próprio voto, mas toda a estrutura da democracia.
“Uma democracia de qualidade depende não apenas que as pessoas compareçam às urnas no dia das eleições, mas que façam a escolha de seus candidatos de maneira informada”, destaca.
Canais oficiais
Se por um lado hoje em dia pipocam notícias falsas, são muitos os caminhos para verificar se elas são verdadeiras ou não. O primeiro deles é o básico: procurar os canais oficiais de informação. E, no caso de eleições, são os portais e redes sociais do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais. O TSE está presente em todas as redes: Instagram, Facebook, Linkedin, Kwai, TikTok, Twitter e Flickr, além do YouTube.
Passa também pela página Fato ou Boato, criada em outubro de 2020, por uma rede de checagem formada pelo TSE em parceria com os 27 Regionais e agências especializadas na verificação e análise de afirmações mentirosas sobre o tema. As principais checagens relativas às últimas eleições realizadas estão disponíveis na página.
Para a cantora Bebé, de 17 anos, ex The Voice Kids, os jovens podem colaborar incentivando o processo de buscar informações em fontes confiáveis antes de compartilhar. “E cobrando do poder público, para que o compartilhamento de notícias falsas seja realmente considerado crime, pois a fake news é a famosa fofoca que devemos descartar”, alerta.
Nos últimos tempos, as redes sociais do TSE vêm conversando cada vez mais com o público jovem. Pelo caráter de inovação, em 2021, o perfil do Tribunal no TikTok foi o vencedor, na categoria Mídia Social, da 19ª edição do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça. No dia 10 de fevereiro deste ano, foi inaugurada a página do Tribunal no Kwai, que já é um sucesso, com mais de 300 mil seguidores.
Esforços constantes
Segundo o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, a comunicação da Justiça Eleitoral não deixará de medir esforços para que todas e todos estejam sempre bem informados sobre as eleições, a segurança do processo eleitoral e os afazeres da Justiça Eleitoral brasileira. “Informação plena e com qualidade”, diz.
O Tribunal também tem parcerias com Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai com o objetivo de combater a disseminação de desinformação no processo eleitoral. As postagens sobre as Eleições 2022 publicadas no Facebook e no Instagram, por exemplo, passaram a ser marcadas com um aviso sobre o assunto. Sempre que os sistemas das duas redes sociais identificarem o tema, um cartão com links para o Portal da Justiça Eleitoral é exibido. TSE