Segunda fase da Operação Suíte cumpre mandados de prisão, busca e apreensão em Valadares

FOTO: Divulgaçaõ / Ministério Público de Minas Gerais

A operação visa apurar a existência de organização criminosa que facilita, mediante pagamento, o ingresso de aparelhos celulares, drogas e itens proibidos em estabelecimento prisional e o consequente uso e comércio destes itens pelos custodiados

Nesta sexta-feira (23), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da 6ª Promotora Criminal, deflagrou a segunda fase da “Operação Suíte” e cumpriu 30 mandados de prisão preventiva, além de 32 mandados de busca e apreensão, determinados pelo Juízo da Segunda Vara Criminal da Comarca de Governador Valadares, em que houveram seis prisões em flagrante delito e três suspeitos ainda seguem foragidos.

A operação investiga o ingresso de aparelhos celulares e outros objetos proibidos em estabelecimento prisional, crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e tráfico de drogas, praticados por organização criminosa. Na segunda fase, foram cumpridos mandados nas cidades de Governador Valadares, Frei Inocêncio, Conselheiro Pena, Coronel Fabriciano, Timóteo, Conselheiro Lafaiete, Mateus Leme, Contagem, Carmo do Paranaíba, Rio Bananal/ES, Curvelândia/MT e São Paulo/SP.

Segundo o MPMG, a investigação visa apurar a existência de organização criminosa que facilita, mediante pagamento, o ingresso de aparelhos celulares, drogas e itens proibidos em estabelecimento prisional e o consequente uso e comércio destes itens pelos custodiados. Conforme as apurações, assim que chegavam à unidade prisional, os presos eram alocados provisoriamente em uma cela conhecida por “Suíte”, onde eram informados sobre como funcionava o “esquema” para ter acesso a aparelhos celulares, celas com sinal de celular, objetos proibidos na unidade etc.

Ainda segundo as investigações, a facilitação para o ingresso dos referidos itens envolvia servidores públicos, presos integrantes de organizações criminosas e presos escolhidos como “faxinas” nos pavilhões da unidade prisional.

Os detentos, com acesso aos aparelhos, continuavam a comandar o tráfico de drogas e crimes violentos nos territórios respectivos e ainda obtiam lucros com aluguéis ou revendas dos itens aos demais presos da unidade prisional.

A primeira fase da operação

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), entre janeiro de 2020 e novembro de 2021, considerando que durante a maior parte do período a visitação social foi suspensa em razão a pandemia, foram apreendidos 359 aparelhos celulares dentro da unidade prisional.

A deflagração da operação contou com o apoio da Polícia Militar (PM), da Polícia Civil (PC) e da Corregedoria da Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais dos Estados de São Paulo, Matogrosso e Espírito Santo, além da PM e PC do Mato Grosso e da PC do Estado de São Paulo.

A apuração segue em segredo de Justiça.

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