Secretaria de Saúde de Valadares relata cenário de ‘angústia’ devido à falta de medicamentos

Soro fisiológico tem sido a maior preocupação do setor atualmente. De acordo com a secretaria, o medicamento, que custava R$ 2 a cada 500 ml, hoje chega a custar em torno de R$ 20

No dia 18 de julho, o DRD publicou uma matéria relatando o cenário caótico da falta de medicamentos na rede pública de Saúde de Valadares. Mas ao que tudo indica, o problema continua a assolar a Secretaria Municipal de Saúde, o Hospital Municipal e todos os valadarenses que necessitam da assistência farmacêutica para o tratamento de doenças.

Crise na economia e na Saúde

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Caroline Sangali, há mais de 136 pregões desertos. Ou seja, licitações na tentativa de conseguir medicamentos que não foram aceitas por nenhum fornecedor. Além disso, a secretária afirma que uma das agravantes para esse dilema é a crise econômica, que encarece a importação, a fabricação e, consequentemente, a comercialização dos insumos no Brasil; uma vez que, por meio dos pregões, os órgãos públicos só podem adquirir produtos e serviços dentro de um limite de preços.

“Para você ter uma ideia, o soro fisiológico, que antigamente custava R$ 2 a cada 500 ml, hoje chega a custar em torno de R$ 20. E esse preço é totalmente impraticável. Os hospitais particulares conseguem fazer essa compra porque eles não têm a legislação a ser cumprida. Mas isso desequilibra o financeiro deles. Então a gente está vivendo um momento caótico, a gente está num momento difícil”, relatou Sangali.

Aliás segundo Caroline Sangali, o soro fisiológico tem sido a maior de todas as preocupações: Hoje é a minha maior preocupação. Primeiro é o atendimento de urgência. Aqueles pacientes que precisam fazer a utilização desse insumo. E outra [preocupação], também, é o paciente de hemodiálise. Eu conversei com os serviços de hemodiálise da cidade e eles me sinalizaram a dificuldade de comprar. O nosso pregão do município infelizmente deu deserto, nenhuma empresa quis participar. E compra emergencial a gente não consegue fazer por conta dos grandes preços”.

Caroline Sangali (secretária municipal de Saúde) | DRD/TV Leste

Apelo

Entre os medicamentos em falta, a secretária também apontou os analgésicos, anestésicos e diuréticos. Portanto com o intuito de amenizar a aflição do município neste momento, Caroline Sangali ressaltou que tem pedido incessantemente ao Estado, durante as reuniões, ajuda e orientação. “Essa é a nossa grande preocupação: deixar quem precisa sem assistência. Isso vai gerar um caos”, destacou. Os pedidos também são documentados por meio de ofícios.

Diante dos desafios enfrentados pela Secretaria de Saúde neste cenário de escassez, Caroline Sangali não cessa em pedir atenção dos governos estadual e federal, além da colaboração dos fornecedores de insumos:“Meu apelo é para que o Governo do Estado, o Governo Federal, deem uma olhada para essa situação, nos ajude, nos oriente. E também que as indústrias farmacêuticas não deixem faltar, porque a desassistência é a nossa maior preocupação”, concluiu a secretária.

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