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Samarco amplia ações de reflorestamento e restauração de nascentes na bacia do Rio Doce

FOTO: Leonardo Morais

GOVERNADOR VALADARES – Seis meses após a homologação do Acordo de Reparação da Bacia do Rio Doce, a Samarco segue avançando nas ações de recuperação ambiental e social, especialmente no reflorestamento e no restauro de nascentes afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 2015. Dos 50 mil hectares previstos no acordo, 41,1 mil já estão cercados. Em relação às nascentes, 3,7 mil das 5 mil estimadas já foram protegidas.

Governador Valadares, um dos municípios impactados pela tragédia, tem papel central nessas ações. Com 13.707 hectares reflorestados e 1.482 nascentes cercadas, a cidade se consolida como um polo estratégico da Rede Rio Doce de Sementes e Mudas. A rede já coletou 143 toneladas de sementes, de 384 espécies diferentes. Desse total, 109 toneladas foram destinadas a plantios diretos ou a oito viveiros parceiros, que produziram 11,9 milhões de mudas de mais de 200 espécies nativas.

Área de nascente em recuperação com plantio de sementes e regeneração natural – FOTO: Leonardo Morais

A coleta é realizada por uma rede de 1.017 coletores (522 homens e 495 mulheres), espalhados por toda a bacia do Rio Doce. Em Valadares, a Área de Restauro Florestal está localizada no distrito do Córrego dos Melquíades, nas fazendas Bom Sucesso e Gameleira, onde também funciona a base da Rede de Sementes.

Sustentabilidade que transforma vidas

Mais do que um trabalho técnico, o projeto de restauração florestal da Fundação Renova, executado com apoio da Samarco, promove inclusão e renda. A Rede de Sementes capacita moradores das comunidades próximas para atuar na coleta, beneficiamento e entrega das sementes. O treinamento inclui identificação de espécies, técnicas de coleta, limpeza e armazenamento.

A coletora Zilandra compartilha como o projeto mudou sua vida e a de outros moradores: “Antes, a gente varria as sementes e não estava nem aí. Agora a gente já conhece o processo das sementes e passa olhando para as árvores para saber qual semente é. Muita gente não tinha ganho, só o Bolsa Família. Hoje, compraram carro, moto, construíram casas. A semente trouxe alegria”.

Coletores da Rede de Sementes – FOTO: Leonardo Morais

De acordo com Rogério Fonseca, especialista em Meio Ambiente da Samarco, o restauro florestal integra uma estratégia de longo prazo para garantir água de qualidade. “As áreas foram identificadas com base em estudos da UFMG e da UFV, focando em recarga hídrica e preservação permanente. Esta área em Governador Valadares foi escolhida por sua importância na produção de água para a bacia do Rio Doce”, afirma Rogério.

Além do reflorestamento e das nascentes, o Acordo de Reparação prevê restauração de margens de rios, recuperação do ambiente aquático, investimentos em saneamento e monitoramento da qualidade do ar e da água.

Operações mais seguras e reparação social

Desde 2020, a Samarco retomou suas operações com tecnologias mais seguras. A principal inovação é o empilhamento a seco de 80% do rejeito gerado, sem o uso de barragens. O restante é armazenado em cavas confinadas. “O empilhamento a seco elimina o risco de rompimento. A água é retirada do rejeito, tratada e reutilizada no processo produtivo. Isso reduz a captação de água nova e aumenta a segurança”, explica Rosane Santos, diretora de Sustentabilidade da Samarco.

Em seis meses, foram destinados R$ 10 bilhões às ações previstas no Acordo, sendo R$ 4,9 bilhões repassados a governos e R$ 5,1 bilhões destinados a indenizações, reassentamentos e ações ambientais. Dentre as medidas de reparação, destaca-se o Programa Indenizatório Definitivo (PID), que oferece pagamento de R$ 35 mil a pessoas físicas ou jurídicas elegíveis. Até o momento, foram registrados mais de 258 mil pedidos, com 118 mil termos assinados e 40 mil pagamentos realizados.

Laura Mozelli, especialista jurídica da Samarco, destaca a importância da adesão: “O PID é uma opção de indenização segura, com documentação simplificada. Ele oferece para as pessoas elegíveis, ou seja, aquelas que apresentarem comprovante de endereço nas localidades previstas no acordo e um comprovante de identidade com o CPF, a garantia da indenização de 35 mil reais. A orientação que a gente dá é procurar um advogado de confiança, ou a Defensoria Pública, e conversar para entender quais são os seus direitos e expectativas. Em contrapartida, a ação de Londres não dá a garantia de um resultado positivo, e os valores apresentados, são estimados, não são valores certos. E, caso tenha um resultado positivo, a pessoa ainda precisará fazer a comprovação dos seus danos, o que é um procedimento muito demorado,  e passado tantos anos, é algo que pode trazer uma dificuldade para a pessoa”.

A Samarco afirma que a reparação das pessoas atingidas continua sendo prioridade. Até maio, R$ 1,4 bilhão foi destinado a mais de 14,9 mil beneficiários, com repasses que incluem comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais — um total de R$ 326,3 milhões.

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