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Quando a onda de calor vai acabar?

Quando a onda de calor vai acabar?
FOTO: Igor França/ DRd

Há a possibilidade do calor diminuir de intensidade já nos próximos dias, segundo as projeções meteorológicas

GOVERNADOR VALADARES – Ir ao trabalho às 8h, mas com a sensação de sol de meio-dia virou rotina em Valadares. Nos últimos dias, assim como em grande parte do país, a cidade do Leste de Minas ficou bem mais quente, até para aqueles que já se acostumaram com o calor valadarense. Desde o último sábado (23), as temperaturas máximas por aqui têm ultrapassado os 34º C, com direito a recorde. Essa segunda-feira (25) foi o dia mais quente dos últimos nove anos no mês de setembro. Em Governador Valadares os termômetros chegaram próximo de marcar 40º C, foi por décimos (39,6ºC), segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).  

Com tanto calor assim, a gente espera na sombra dias menos quentes, ou que pelo menos o vento do ventilador não seja tão caloroso. Mas afinal, até quando vamos sentir as altas temperaturas na pele?! Bem, de acordo com as projeções dos especialistas em meteorologia, há a possibilidade do calor diminuir de intensidade já nos próximos dias. 

Dias quentes

“Em relação à onda de calor, a previsão é de que a gente tenha a atuação desse bloqueio atmosférico pelo menos até quarta ou quinta-feira. Isso porque, de quarta para quinta, está prevista a formação de um anticiclone no sul do Brasil e pode ser que ele altere as temperaturas aqui para gente. No entanto se o El Ninõ permanecer, a tendência climática é de que outubro e novembro tenham temperaturas acima da média. Ainda é cedo para se falar de ondas de calor, mas há tendência de que as temperaturas fiquem mais elevadas”, explicou Daniela Martins Cunha, professora da área de Geografia/Climatologia do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) em Governador Valadares. 

Para isso, vamos ter que contar com o bom humor do bloqueio atmosférico. Isso porque no Brasil está predominando uma alta pressão da atmosfera. Ela funciona como um bloqueio impedindo que massas mais frias atinjam o Brasil. “Nessas altas pressões, o ar faz uma pressão para baixo, como se o ar estivesse circulando para baixo de encontro à superfície. E, consequentemente, elas acabam retendo o calor próximo à superfície”, destacou a professora. 

El Niño

Além dos quase 40ºC desta segunda, de acordo com as estação meteorológica no IFMG, o mês de setembro historicamente registra altas temperaturas, mas neste ano as coisas aconteceram um pouco diferente. 

“[Nos anos anteriores] foram elevações isoladas, não foram acompanhadas de dias sucessivos de temperaturas mais elevadas como temos percebido esses dias. Essa sequência de dias de temperaturas mais elevadas torna esse período atípico e, por isso, tratado como um evento climático”, explicou Daniela. 

Segundo Daniela, essa onda de calor que atinge vários estados brasileiros neste ano também tem relação com o El Niño. Ou seja, as altas temperaturas são resultado do aquecimento das águas do Oceano Pacífico. “O El Niño tem ocasionado a elevação da temperatura entre 1ºC e 1,5ºC na região central do Paciifico. Isso caracteriza um El Ninõ de moderado a forte. Essa elevação de temperatura lá no Pacifico consequentemente altera a circulação dos sistemas atmosféricos que atuam no Brasil. A consequência disso tem sido as chuvas intensas no sul do país e aqui na nossa região o calor mais forte”, explicou Daniela Martins.

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