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Professora da Univale resgata história do Vale do Rio Doce no livro ‘Nas Terras do Rio Sem Dono’

FOTO: Divulgação Univale

Joana Paula Ataíde apresentará a pesquisa sobre o livro do escritor Carlos Olavo durante o 4º Ciclo Ibero-Americano de Diálogos Contemporâneos que acontece este mês em Portugal

GOVERNADOR VALADARES – Em uma imersão profunda nas páginas de “Nas Terras do Rio Sem Dono”, o romance de Carlos Olavo da Cunha Pereira, a mestranda e professora da UNIVALE, Joana Paula Ataíde, revela camadas esquecidas da história da ocupação do Vale do Rio Doce. 

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e atualmente no mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT), Joana apresentará sua pesquisa em Portugal, durante o 4º Ciclo Ibero-Americano de Diálogos Contemporâneos, no final de março.

O livro de Carlos Olavo da Cunha Pereira é mais do que uma narrativa, é uma janela para a história da região vista sob uma nova luz. Para Joana, apaixonada por literatura, essa obra reconta, com aprimoramentos literários, a conquista das terras do Vale do Rio Doce, revelando tragédias, conflitos e injustiças que marcaram essa trajetória.

A dissertação de Joana mergulha nas territorialidades apresentadas por Carlos Olavo, traçando um panorama do processo de formação do território do Vale do Rio Doce. O livro, segundo ela, foi essencial para seu estudo, encaixando-se perfeitamente em sua paixão pela literatura e pela análise de narrativas que refletem questões sociais e históricas. 

“Com a chegada dos migrantes ao Vale do Rio Doce, podemos compreender a temática que o livro aborda, destacando a luta pela terra em um contexto que transcende o regionalismo para se tornar uma questão nacional ao longo do tempo”, comenta Joana.

FOTO: Divulgação Univale

Recriando a história através de novas perspectivas

Carlos Olavo da Cunha Pereira, por meio de suas narrativas, conduz o leitor por uma jornada marcada pela migração, pela luta territorial e por conflitos simbólicos que ecoam ao longo das páginas. A narrativa não se prende a uma cronologia específica, mas, por meio de documentos históricos, remete ao período das décadas de 1950 e 1960, destacando a luta física que se desdobra em um embate simbólico-territorial.

“É uma história de povoamento tardio, de violência, de invisibilidade dos povos originários e de injustiças contra os posseiros, aqueles que tinham o direito à ocupação dessas terras”, explica a professora. A obra questiona a legitimidade dessas terras sem dono, que foram brutalmente disputadas e tomadas pelos grileiros, personagens reais e fictícios que permeiam a trama.

Para Joana, a literatura tem o poder de recontar e dar visibilidade a essas histórias, oferecendo uma nova perspectiva sobre o processo de formação do Vale do Rio Doce. “A literatura é o caminho para mostrar uma outra história, para recriar o passado sob uma nova luz”, destaca.

A professora já tinha levado sua pesquisa ao Congresso Internacional de Culturas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e, agora, no 4º Ciclo Ibero-Americano de Diálogos Contemporâneos em Portugal, nos dias 26, 27 e 28 de março, Joana irá compartilhar as nuances da luta pela terra, destacando a importância da memória nesse processo.

“A memória e a luta estão intrinsecamente ligadas, e é essa relação sinestésica que vamos abordar no Fórum em Portugal”, revela Joana. “O livro ‘Nas Terras do Rio Sem Dono’ nos permite discutir questões que vão além da simples disputa territorial, nos convidando a refletir sobre o passado e suas reverberações no presente”, complementou.

FOTO: Divulgação Univale

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