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Projeto Integrador aproxima Medicina Veterinária de demandas da comunidade

FOTO: Divulgação Univale

GOVERNADOR VALADARES – Estudantes dos 4º e 5º períodos de Medicina Veterinária da UNIVALE apresentaram nesta semana o Projeto Integrador, envolvendo conteúdos de todas as disciplinas estudadas neste semestre. Ambas as turmas saíram dos muros da universidade para se aproximar de demandas da comunidade: na segunda-feira (22), alunos do 5º período estiveram no Café Rural para falar com pecuaristas sobre doenças que podem afetar a produção leiteira, e na quarta-feira (24) os estudantes do 4º período foram à lagoa do Bairro Jardim Pérola, para conversar com os moradores locais sobre zoonoses e doenças infectocontagiosas.

O coordenador do curso, professor Victor Negrão, explica que produtores da Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce apresentaram aos alunos os problemas que têm com as doenças mais comuns que afetam a qualidade do leite. “Os alunos pesquisaram sobre essas doenças e foram à comunidade entregar essa devolutiva sobre quais são essas doenças, sintomas e diagnósticos, e como fazer o tratamento. Foi interessante, porque é uma problemática que os produtores da Cooperativa enfrentam. Os alunos puderam apresentar aos cooperados sobre como prevenir essas doenças, e conscientizar”, comentou o professor.

O encontro com os produtores, realizado pelo Sindicato Rural, aconteceu no Parque de Exposições, e os alunos receberam o convite para retornar ao local para uma nova apresentação sobre o tema, em julho, durante a Exposição Agropecuária. “Ali estarão os produtores, exibindo seus animais, e muitas pessoas que lidam com os animais às vezes não têm conhecimentos sobre essas doenças. É mais uma oportunidade para os alunos apresentarem”, acrescentou Victor Negrão.

Estudante do 5º período, Aline Stambassi Lemos fez parte do grupo que estudou a necessidade de minerais estarem presentes na alimentação das matrizes de leite. “Demonstramos a diferença que esses minerais fazem no organismo do animal, desde o embrião até a fase de reprodução. Conseguimos ter contato com alguns produtores e levarmos a eles todas essas informações pesquisadas, para de alguma forma tentar suprir dúvidas e necessidades. Foi uma troca de aprendizado muito gostosa, passamos informações científicas aos produtores e recebemos de volta o carinho deles em nos ensinar, com suas vivências diárias no campo”, avaliou Aline.

Encontro com a comunidade na Lagoa do Pérola

Na quarta-feira foi a vez dos alunos do 4º período irem à orla da Lagoa do Pérola para conversar com moradores sobre doenças infectocontagiosas e de caráter ou potencial zoonótico. “Os alunos apresentam para a comunidade o conhecimento sobre essas doenças. Antes disso, houve uma pesquisa de campo, para saber se as pessoas têm ou não conhecimento sobre essas doenças, e depois os alunos fazem apresentação para a comunidade sobre impactos nos animais”, explicou o coordenador do curso.

Também houve distribuição de rações arrecadadas para a comunidade, e levantamento de dados sobre castração de animais. “Normalmente fazemos isso em comunidades carentes, ou locais onde há muitos casos de doenças como leishmaniose ou cinomose. E a gente aproveita para falar dessas doenças, com a entrega da ração. Também fizemos um censo de animais, se são castrados ou não, para no futuro pensar em programas de castração, para que também favoreça o controle populacional na comunidade”, complementou o professor.

O estudante Lívio Nério Martins participou da ação, e fez parte do grupo responsável por levar orientações sobre a febre maculosa, que atinge animais silvestres e seres humanos, com alto índice de mortalidade – os sintomas incluem dores nas articulações, febre, náuseas e manchas nas mãos e pés.

“A febre maculosa é uma doença causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida através da picada do carrapato-estrela, o Amblyomma cajennense. Após o carrapato picar um animal contaminado, ele adquire a bactéria e passa ser o transmissor da doença, e dessa maneira contamina outros animais, através da picada. Esses animais, em sua grande maioria, são animais selvagens, sendo a capivara um dos principais portadores da bactéria. O intuito desse evento foi conscientizar a população e contribuir para o bem-estar de animais e moradores. Durante a apresentação, todos os grupos se empenharam em levar informação para os cidadãos, além de distribuir, para a população e ONGs do município, porções de rações de cães e gatos, que foram arrecadadas no decorrer da semana”, disse Lívio.

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