Pão francês tem aumento de preço, mas comerciantes seguram repasse aos consumidores

Você é do time que não dispensa um pãozinho francês logo no café da manhã? Se sim, provavelmente já percebeu que, nos últimos meses, o preferido da mesa dos brasileiros está custando mais caro ao bolso do consumidor. Dados do Sindicato e Associação de Panificação e Confeitaria de Minas Gerais (Amipão) registraram um aumento de 17% no preço dos pães nos últimos doze meses.

O proprietário de uma panificadora localizada no centro de Valadares, Marco Antônio de Marco, disse que o aumento não chegou a ser tão expressivo no município se comparado ao âmbito estadual. No entanto os preços se elevaram ainda de forma significativa, em cerca de 10%. Desse modo, o desafio do empresário é evitar ao máximo que tal diferença seja notada pelos compradores.

“Valadares não aumentou isso tudo, mas aumentamos mais ou menos uns 10%, neste ano, as nossas massas. Principalmente o pão de sal. É uma gangorra: sobe e desce, desce e sobe. E a gente fica esperando dar uma estabilizada, mas a gente não repassa, a gente não consegue. Senão nem o consumidor vai aguentar isso. Então a gente segura esperando normalizar. A gente não repassa essas coisas senão vai ser uma loucura, todo mês tem um preço diferente”, relatou.

Atualmente, o item está custando R$ 17,99/kg na panificadora de Marco Antônio.

Marco Antônio de Marco (proprietário de panificadora em Valadares) | DRD/TV Leste

Motivos

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Governador Valadares, Marcos Lopes, o ano de 2022 tem sido um “ano atípico” para os empresários e consumidores deste segmento. Uma das causas desse aumento seria a alta de preços da farinha em cerca de 47%.

“Aqui em Valadares, no começo do ano, a gente fez um repasse de 9,5%. Esse aumento é variado de acordo com cada empresa. O pão não é tabelado. Então cada empresa estabelece seu preço de acordo com o seu custo, tanto operacional como de produção. Uns trabalham com uma farinha melhor, uma matéria-prima melhor, outros trabalham com uma farinha inferior. Então essa variação vai de acordo com a qualidade do produto que ele põe à disposição do cliente”, avaliou.

Marcos Lopes (presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Governador Valadares) | DRD/TV Leste

Além disso, Lopes se mantém esperançoso e acredita que os custos com a produção do pão francês podem diminuir nos próximos meses conforme a queda da inflação, principalmente, em se tratando do preço do combustível. “Realmente a inflação é uma das causas principais, a guerra na Ucrânia… Com isso, nós tivemos o aumento do petróleo. Um aumento que realmente acumulou muito nos preços das coisas. Agora com o petróleo recuando os preços, eu acredito que as coisas vão melhorar. Por exemplo, muitos produtos de matéria-prima nossa já reduziram os preços com a redução do petróleo”, pontuou o presidente.

Preço do pão: presidente do sindicato acredita em redução nos próximos meses | DRD/TV Leste

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