O Cira (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos), grupo integrado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual, pela Polícia Civil e pela Advocacia-Geral do Estado (AGE), deflagrou, nesta quarta-feira, dia 24 de fevereiro, a operação Colinas de Rocha, no âmbito de investigação para apurar multimilionário esquema de sonegação fiscal e falsidade ideológica, dentre outros crimes.
Pelo MPMG atuou a 2ª Promotoria de Justiça de Várzea da Palma, com apoio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet).
Um dos principais objetivos da operação é identificação do uso de interpostas pessoas físicas e jurídicas para ocultar os verdadeiros proprietários e blindar seus patrimônios. O possível uso de “laranjas” na dinâmica criminosa pode favorecer a prática de sonegação fiscal e dificulta a fiscalização tributária.
Até o momento foi apurado um prejuízo ao Estado de Minas Gerais de aproximadamente R$ 134 milhões.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra diversos investigados, nas cidades de Várzea da Palma/MG e São Paulo. Foi determinado, ainda, conforme autorização judicial, o bloqueio de 90 imóveis, 100 veículos e duas aeronaves.
Participaram da operação cinco promotores de Justiça, 22 servidores da Receita Estadual, dois delegados de Polícia Civil e 20 policiais civis. A operação contou, ainda, com apoio dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPMG e do Ministério Público do Estado de São Paulo e da Polícia Militar de Minas Gerais.
O nome da operação faz alusão à icônica obra literária Divina Comédia, do italiano Dante Alighieri.
Cira
O Cira é uma iniciativa pioneira do Estado de Minas Gerais, replicada em várias unidades da federação. A atuação do comitê representou, nos últimos dois anos, a recuperação, direta ou indireta, de cerca de R$ 2,8 bilhões de reais para os cofres públicos mineiros.