Novos radares ainda não estão em funcionamento em Valadares

Previsão era para o fim deste mês, mas, por causa de algumas situações que precisaram ser modificadas, o prazo de finalização das instalações dos equipamentos foi estendido

No dia 17 de maio começou a ser feita a instalações de radares em Valadares, com a parte de cabeamento e estruturação dos postes, através da DataCity, empresa da cidade de Suzano que venceu o processo licitatório feito pela Prefeitura. Apesar da previsão inicial de colocar os radares em funcionamento no fim deste mês, o prazo teve de ser estendido.

De acordo com a diretora do Departamento de Transporte, Trânsito e Sistema Viário, Izabela Alves Vieira, devido a algumas relocações e adaptações que ainda estão sendo feitas, o cronograma de instalação foi modificado. “Hoje temos um cronograma de instalação que tem o prazo até amanhã. Neste primeiro momento está sendo feita a parte estrutural, com a instalação de cabeamento e postes. Devido a algumas situações que foram identificadas e a necessidade de mudança, o prazo foi estendido. Após essa primeira parte de cabeamento e postes, serão feitas as instalações dos equipamentos e testes, para depois colocá-los em funcionamento”, disse.

Izabela ressalta que ainda estão sendo feitas adaptações e relocações, de acordo com as necessidades de cada local, tudo de acordo com estudos técnicos. “Cada local está sendo estudado. Teve locais com modificação de piso devido à deterioração de vias. As instalações dos radares dependem da análise de cada local específico e o posicionamento de sua instalação. Também são levadas em conta as estatísticas de trânsito, como números de acidentes, dentre outros pontos. Tudo isso é analisado, pois temos que entender a realidade das vias. A cidade cresceu, como também o número de condutores que excedem a velocidade”.

A Prefeitura de Valadares havia anunciado esse trabalho com a reimplantação de radares em lugares que já tinham o equipamento e a instalação em novos locais, com o objetivo de impedir o excesso de velocidade nas vias da cidade e também como uma forma de prevenção de acidentes, auxiliando no comportamento dos condutores, a fim de garantir um trânsito mais seguro.

Em Valadares serão implantados tanto os radares de velocidade, que identificam o excesso de velocidade do condutor quando está passando pela via, quanto os radares mistos, que, além do excesso de velocidade, fiscalizam o avanço de sinal. Com a implantação dos radares, haverá placas de velocidade instaladas de forma visível nos trechos, além do reforço na sinalização para orientar os condutores.

Marcone Simões é motorista de aplicativo e percorre a cidade toda trabalhando. Ele entende que é de suma importância a instalação de radares, mas faz uma ressalva sobre algumas situações. “A velocidade máxima da via é respeitada só quando tem radares no trecho. Eles fazem uma grande diferença na questão de evitar os acidentes. Infelizmente, a maioria dos condutores só respeita as regras de trânsito tendo uma fiscalização ou quando são multados. Os locais mais perigosos de andar são os cruzamentos não sinalizados. Mas outra grande dificuldade que os motoristas de Valadares enfrentam é que as vias estão muito deterioradas. Em muitos lugares existe tanta dificuldade de passar, que nem precisa de sinalização para reduzir a velocidade. Os próprios buracos das vias fazem o papel dos radares.”

Marcone Simões reconhece importância dos radares para inibir o excesso de velocidade (Foto: Arquivo Pessoal)

Henrique Sichi é atendente de uma lanchonete na região do Grã-Duquesa. Por morar no Sir, precisa passar pela avenida Moacir Paleta todos os dias. Ele também considera importantes os radares. “Percorro a avenida Moacir Paleta diariamente e acho de extrema importância os radares. Nos últimos dias podemos ver isso. Várias mortes nessa via. É também uma forma de buscar melhorias, mas fico triste, porque, com os valores arrecadados, nem sempre essas melhorias nas vias e em sinalizações aparecem.”

Henrique Sichi tem que passar pela avenida Moacir Paleta sempre para ir ao trabalho e crê que radares instalados por lá seriam eficazes (Foto: Arquivo Pessoal)

Jeferson Souza mora no Santos Dumont e trabalha como corretor de imóveis. Ele cruza a cidade de moto diariamente e crê que a educação no trânsito vai muito além da instalação de radares. “Acho que radar não educa ninguém em trânsito; isso é mais um meio de agregar financeiramente. A educação no trânsito teria que ter outro tipo de programa para auxiliar nessa orientação aos condutores. Claro que pode ter uma diminuída na questão de excesso de velocidade onde tem os radares, mas os motoristas e motociclistas podem compensar em outro lugar acelerando mais.”

Jeferson Souza entende que radar não trará uma educação completa dos condutores (Foto: Arquivo Pessoal)

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