[the_ad id="288653"]

MPMG promove encontro para escutar demandas de movimentos sociais do Vale do Rio Doce

FOTO: MPMG

Iniciativa busca estreitar laços entre o Ministério Público e a população, abordando temas cruciais para a região

GOVERNADOR VALADARES – As sequelas ambientais e sociais decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, ocorrido há quase oito anos no município de Mariana, dominaram as discussões do “Encontro do Ministério Público com os Movimentos Sociais e a Sociedade Organizada”. O evento, organizado pela Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais (Cimos) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), reuniu representantes de diversos setores no Auditório da Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce (Fadivale), em Governador Valadares.

O encontro contou com falas contundentes de representantes dos povos tradicionais, como o cacique Baiara da aldeia Pataxó Geru Tucunã. Ele ressaltou a relevância da água e a conexão do povo com o Rio Doce. Nesse evento, o foco principal foi a discussão sobre os impactos contínuos da tragédia de Mariana e seus efeitos na vida dos afetados.

Aproximação e responsabilidade institucional

Além da temática da barragem, o encontro proporcionou um espaço de diálogo amplo. Movimentos sociais tiveram a oportunidade de trazer à tona outras preocupações locais, como os direitos de povos tradicionais, questões de violência no campo, saúde, educação, além de enfrentar a violência contra a mulher.

O Coordenador Regional de Mobilização e Inclusão Sociais do MPMG, promotor de Justiça Evandro Ventura, destacou a importância da aproximação entre a instituição e a comunidade, sublinhando que é um dever institucional escutar as reivindicações e buscar soluções. Ventura enfatizou a busca por justiça no contexto dos impactos gerados pela mineração na região e a recuperação do Rio Doce.

“O MP foi criado para ouvir as demandas sociais e para ser um interlocutor dessas demandas, a fim de efetivar direitos. Assim, escutar as pessoas, dar andamento às reivindicações e tentar solucionar os problemas apresentados é um dever institucional”, disse o  promotor de Justiça.

Construindo plano de ação

Membros da Comissão dos Atingidos de Barra Longa e representantes de movimentos sociais locais compartilharam histórias de desafios e reafirmaram a contínua luta por justiça e reconhecimento. A professora Simone Silva destacou o papel constante do MPMG ao lado dos atingidos. Enquanto Martinha Jorge Moreira abordou a luta contra a violência no campo. “Não tem sido fácil resistir diante de um sistema inteiro que não caminha com a gente. Somos vítimas de um crime. E, por isso, somos obrigados a participar desses encontros. É uma luta contínua. Enquanto tiver atingido sem ser reconhecido, nós estaremos firmes e fortes na luta por todos”, expôs.

Atuação do Ministério Público

O encontro cumpre recomendações do Conselho Nacional do Ministério Público, proporcionando espaço para a comunidade apresentar suas demandas e participar da construção de um plano de atuação. 

O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, reforçou o compromisso do MP com a população e seu empenho em garantir a justiça em casos como a tragédia de Mariana. Além de ressaltar que o MP está ao lado dos interesses da sociedade e que continuará trabalhando para que as empresas responsáveis assumam as consequências de seus atos.

Para encerrar, o coordenador da Cimos, promotor de Justiça Paulo César Vicente de Lima, destacou a importância da realização desse encontro, alinhando-se com a Recomendação 61/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público. Reforçou o papel da Ouvidoria na captação das demandas e no direcionamento efetivo das ações a serem tomadas.

Comments 1

  1. Neuir Maximiano de Lima says:

    O DRD poderia acompanhar e fazer outra matéria quando tiver resultado prático ou solução pra esses problemas que forem apresentados. O cidadão nem acesso ao MP tem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM