Movimentos pedem apoio da CNBB a atos do dia 30

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Cerca de 30 entidades, entre elas as nove maiores centrais sindicais e diversas comissões pastorais, vão entregar ao novo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, um pedido para que a entidade colabore com os atos em defesa da educação marcados para quinta-feira, 30, e a greve geral contra a reforma da Previdência do dia 14 de junho.

“A avaliação compartilhada identifica uma ampla agenda que visa ao desmonte das políticas públicas de seguridade social (assistência, saúde e previdência social), de educação, dos direitos trabalhistas e da promoção social em sentido amplo, ao mesmo tempo em que só privilegiam o setor financeiro nacional e internacional”, diz trecho da mensagem que será entregue à CNBB.

“Diante disso, convidamos a CNBB e suas Pastorais e organismos a se somarem nessa cooperação, atuando na conscientização e esclarecimento do povo, nas comunidades e regiões brasileiras. Em especial, pedimos o apoio ao movimento nacional do dia 30 de maio em defesa da educação e aos atos previstos para o dia 14 de junho, em defesa da seguridade e previdência social”, diz o texto.

Os movimentos citam os “ensinamentos” do papa Francisco como argumento para pedir que a CNBB, entidade máxima da Igreja Católica no Brasil, participe da tentativa de construção de uma unidade dos setores organizados da sociedade contra a agenda do governo Jair Bolsonaro.

“Consideramos, como em momentos anteriores, inclusive na Campanha da Fraternidade, a participação das entidades de base da igreja, e o apoio desta, parte essencial da unidade e cooperação que queremos continuar construindo, em sintonia com as manifestações da CNBB emanadas na 57ª Assembleia, os ensinamentos do Papa Francisco visando ao fortalecimento dos direitos humanos e ao combate às desigualdades, à pobreza e à injustiça”, diz o documento.

Na semana passada, os presidentes dos cinco principais partidos de esquerda – PT, PSB, PDT, PSOL e PCdoB – reunidos no Fórum dos Partidos de Oposição, em Brasília, decidiram procurar entidades como a CNBB, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em busca de apoio contra o governo.

Leia a íntegra da mensagem:

“As entidades e organizações listadas abaixo, reunidas em Brasília, a convite da Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo da CNBB, debateram os impactos das iniciativas e projetos de mudanças constitucionais e legais que alteram de maneira regressiva os direitos sociais definidos na nossa Constituição Federal.

A avaliação compartilhada identifica uma ampla agenda que visa ao desmonte das políticas públicas de seguridade social (assistência, saúde e previdência social), de educação, dos direitos trabalhistas e da promoção social em sentido amplo, ao mesmo tempo em que só privilegiam o setor financeiro nacional e internacional.

Diante de tal ataque, consideram essencial que compartilhemos iniciativas e esforços de construção de unidade em torno de movimentos de resistência aos desmontes e de atuação propositiva para ampliar a proteção e promoção social universal, com prioridade aos mais pobres.

A nossa agenda comum deve enfrentar o desafio de atuar sobre as causas da crise produzida, que gera as desigualdades e as injustiças, combatendo o poder do sistema financeiro, que retira capacidade do sistema produtivo de gerar emprego e renda aos trabalhadores, bem como atuando de forma articulada para a promoção de uma reforma tributária justa e cidadã.

Diante disso, convidamos a CNBB e suas Pastorais e organismos a se somarem nessa cooperação, atuando na conscientização e esclarecimento do povo, nas comunidades e regiões brasileiras. Em especial, pedimos o apoio ao movimento nacional do dia 30 de maio em defesa da educação e aos atos previstos para o dia 14 de junho, em defesa da seguridade e previdência social.

Consideramos, como em momentos anteriores, inclusive na Campanha da Fraternidade, a participação das entidades de base da igreja, e o apoio desta, parte essencial da unidade e cooperação que queremos continuar construindo, em sintonia com as manifestações da CNBB emanadas na 57ª Assembleia, os ensinamentos do Papa Francisco visando ao fortalecimento dos direitos humanos e ao combate às desigualdades, à pobreza e à injustiça.”

por Ricardo Galhardo da Agência Estado

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