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Miss Afro reúne beleza e talento em Valadares

A 2ª edição do Miss Afro GV reuniu mulheres lindas e talentosas em um concurso de beleza no último sábado. No evento, realizado no centro da cidade, as candidatas também tiveram que mostrar sua simpatia no palco. De acordo com Ramissa Costa, idealizadora e uma das organizadoras do evento, a segunda edição foi maior que a primeira.

“Este ano contamos com parceiros e detalhes diferentes, como a entrada solidária em que arrecadamos alimentos para doação. Recebemos um público de 150 pessoas, mais ou menos, e fiquei muito satisfeita. É algo que ainda não consigo definir ou explicar em palavras. A cada edição conheço meninas com belezas diferentes, com histórias diferentes e com um brilho único. Este ano, eu pude ver algo muito legal até mesmo na reunião que tivemos, ou seja, o companheirismo e o amor ao próximo”, conta.

Disputa amigável

Se para você concurso de beleza é sinônimo de rivalidade feminina, saiba que no Miss Afro GV foi totalmente o contrário. “O clima dos bastidores foi de amizade. As meninas se ajudando, se unindo para aquele momento tão especial, o dia do concurso. Até porque em todas as edições sempre temos bastante surpresas. Ver o quanto elas se unem me deixou com o coração cheio de gratidão”, conta Ramissa.

A vencedora do concurso foi Mariana Leão, de 23 anos. Além de vendedora ela é estudante de Farmácia na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/GV). Ela conta que participar do concurso foi uma ótima experiência, não por ter ganhado, mas por ter participado com meninas incríveis. “Eu já participei de um concurso do New Shopping Feira, mas os critérios de avaliação eram diferentes. Esse concurso é de suma importância para a nossa cidade, uma vez que visa dar voz e visibilidade para as pessoas pretas e pardas. Foi sensacional ficar em primeiro lugar. O clima era bem amigável. Ninguém queria pisar em ninguém. Apenas demos nosso melhor e nos divertimos bastante com isso”.

Mulheres, negras e poderosas

Segundo os organizadores do evento, o foco principal do concurso é enaltecer a beleza da mulher negra. Em meio ao brilho e luzes, elas mostraram sua presença, força e capacidade. “Cheguei a me emocionar muito a cada entrada das candidatas na passarela, com os familiares e amigos no público as aplaudindo. Nosso objetivo é elevar a autoestima daquelas que acham que não têm potencial algum para ser modelo ou miss. Se conseguirmos isso, teremos alcançado o objetivo desse projeto”, explica Ramissa.

Foto: Alexandre Magno

Angélica Lúcia Faustina Silva Santos, de 32 anos, que é técnico de Enfermagem e dançarina nas horas vagas, ficou em segundo lugar no pódio. Participar do concurso, ao lado de mulheres guerreiras, talentosas e estudadas, a fez querer mais.

“Fiquei feliz com a colocação e, principalmente, de como foi tudo. Amei me apresentar como dançarina. É o jeito que eu tenho de me comunicar com o público sem falar, porque a dança já fala por si, e eu tento me expressar ao máximo, tudo que sinto. Eu tive uma infância muito difícil e me ver ali junto com mulheres bonitas, talentosas e estudadas, me fez querer mais. Quero ano que vem estudar, fazer Psicologia e me especializar. Ver minha família torcendo por mim, me fez sentir tão amada, tão querida, que queria que todo o mundo sentisse isso”.

Angélica Faustino ficou em segundo lugar no concurso. Foto: Arquivo Pessoal

Comments 1

  1. Marcos Niemeyer says:

    Nenhuma delas tem o cabelo alisado ou pintado de amarelo pra fingir que é “loira”. Essa é verdadeira identidade da mulher brasileira. Estão de parabéns.

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