AIMORÉS – A Justiça condenou quatro pessoas a 57 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Os réus do processo são acusados de integrar uma organização criminosa que atua nas cidades de Aimorés e Governador Valadares, conhecida como Primeiro Comando do Betel (PCB).
A decisão foi expedida pela Vara Única da Comarca de Aimorés, nessa terça-feira (15). Além das penas de prisão, mais de 3 mil dias-multa também foram determinados pelo juízo.
Os quatro condenados tiveram seus papéis na organização criminosa reconhecidos pela Justiça. Suas atividades incluíam a gerência das finanças e pontos de venda de drogas, além do comércio ilícito de entorpecentes. As penas variaram de 12 a 15 anos de reclusão.
Com o intuito de assegurar a ordem pública, prevenir a reincidência criminal e garantir a aplicação da lei penal, a Justiça determinou que os condenados permanecerão sob prisão cautelar.
Combate ao crime organizado
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os membros dessa organização criminosa foram presos durante uma operação em conjunto das polícias Civil e Militar. A “Operação Katharsis I”, que significa “Purificação” em grego, aconteceu em outubro de 2019. O objetivo era combater o avanço do grupo criminoso nas cidades de Aimorés e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Na ocasião, a polícia cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão. A partir disso, foram instauradas diversas ações penais.
Primeiro Comando do Betel
A operação desvendou o funcionamento de um grupo criminoso autodenominado “Primeiro Comando do Betel (PCB)”, cujas ações criminosas vinham se expandindo, sobretudo, no tráfico de drogas. O PCB mantinha alianças com outros aglomerados também dominados pelo tráfico de drogas, como o “Morro da Caixa D’Água” e o “Morro do Anésio”.
A estruturação do grupo era complexa, com níveis hierárquicos de poder e funções específicas. Os membros compartilhavam objetivos predeterminados e atuavam com o uso de armas e violência, como táticas de intimidação para aterrorizar a população.
Desdobramentos
Outras ações penais, também conduzidas pelo Ministério Público de Minas Gerais, seguem em andamento para apurar o envolvimento de outros indivíduos no mesmo grupo criminoso e em aglomerados similares.