Manifestantes fazem ato contra mineradoras nesta sexta-feira (4) em Valadares

Valadarenses farão, na tarde desta sexta-feira (4), uma manifestação pública contra as mineradoras Vale, BHP e Samarco. A concentração para o ato está marcada para acontecer às 14h30, na praça da Estação. 

O rompimento da barragem em Mariana-MG completa sete anos no próximo sábado (5). De acordo com os organizadores, a participação da comunidade é fundamental para que todos lutem por seus direitos e também pelo rio Doce, que foi atingido pelos resíduos de mineração. 

Por meio de nota, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) manifestou solidariedade aos familiares e amigos das vítimas do rompimento. 

“Sete anos após uma das maiores tragédias ambientais já registradas no país, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) manifesta sua solidariedade aos familiares e amigos das vítimas do rompimento da barragem de rejeitos de Fundão e à comunidade atingida e reitera seu compromisso em prol da melhoria contínua da qualidade e aumento da disponibilidade de água dos mananciais da bacia. 

Nesse período, os representantes do colegiado uniram esforços e potencializaram ações voltadas à preservação e recuperação da bacia. Entre as atividades desenvolvidas estão a atualização do Plano de Recursos Hídricos (PIRH) e a elaboração da proposta de enquadramento dos corpos d’água da região – importantes ferramentas de gestão, que permitirão mais assertividade e melhores resultados dos projetos desenvolvidos pelo Comitê. Os documentos são instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei Federal nº 9.433/97, e trazem um diagnóstico ambiental preciso sobre a situação ambiental do rio Doce e seus afluentes, que nortearão as estratégias de recuperação do manancial. 

Por meio da atualização do PIRH, que já está em fase de finalização, será possível conhecer as fragilidades ambientais do território da bacia e, a partir daí, hierarquizar ações, programas e projetos, sempre considerando a disponibilidade da água e a garantia de seus usos múltiplos. 

Em 10 anos, além do rompimento da barragem, que interferiu não apenas nas características físicas do rio Doce, mas também causou reflexos nos âmbitos social, cultural e econômico, atravessamos enchentes e períodos de estiagem intensos. Com a revisão do PIRH, vamos conseguir entender melhor tecnicamente quais as condições do rio Doce, quais os impactos já percebidos dos nossos programas já implementados e teremos um cenário mais real para pensarmos o rio que queremos e podemos ter”.

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