Justiça condena assassino de cunhado em briga por terras a 18 anos de prisão

FOTO: Freepik


Em denúncia, Ministério Público alega que o crime ocorreu por motivo ‘fútil’

JEQUITINHONHA – A Justiça de Minas Gerais condenou, a 18 anos de prisão, um homem, de 28 anos, pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o homem assassinou o próprio cunhado, marido da irmã dele, por causa de uma briga por terras, na zona rural de Jequitinhonha. Ainda conforme a denúncia, após o crime, o homem escondeu o corpo da vítima.

Entenda o caso

O crime aconteceu no dia 11 de setembro de 2021. Segundo o MPMG, o homem condenado e a irmã dele estavam em disputa pela propriedade de uma fazenda, de nome ‘Rancho Fundo’. A mulher, inclusive, já teria medidas protetivas contra o irmão após receber ameaças dele antes do assassinato. As ameaças, segundo o Ministério Público, também envolviam “disputa de bens”.

Então na data do crime, de acordo com o Boletim de Ocorrência, o cunhado da vítima pediu a outros dois homens (à época com 19 e 20 anos) que fossem a um mangueiro buscar cavalos. Mas, segundo a denúncia, enquanto os dois homens seguiam para atender ao pedido do autor, a vítima os questionou no meio do caminho e sugeriu que não pegassem os animais. Os dois homens, porém, discutiram com a vítima e prosseguiram para buscar os animais. Dessa forma, a dupla levou os cavalos até um curral, onde estava o autor. Diante disso, conforme o B.O., a vítima teria dito que chamaria a Polícia Militar.

Na sequência, de acordo com o MPMG, ao retornar para o curral com os cavalos, a dupla contou para o autor sobre o desentendimento com a vítima. “Momento em que esse, contrariado da interpelação, decidiu matar seu cunhado”, relata o Ministério Público. Segundo o promotor de Justiça Daniel Augusto de Camargo Lima Santos, os envolvidos assassinaram a vítima “ao desferir contra ele golpes com instrumento contundente”.

Em seguida, conforme a denúncia, os três envolvidos carbonizaram e ocultaram o corpo da vítima no buraco de uma rocha causado por erosão.

Motivo fútil

Devido à motivação do crime, o MPMG ressalta que o homicídio ocorreu por “motivo fútil”. Pois, segundo o MPMG, além da briga entre o autor e a irmã por herança, houve também disputa pela propriedade dos animais. O Tribunal do Júri absolveu, no ano de 2022, a dupla envolvida.

O cunhado da vítima, no entanto, foi condenado a 18 anos de prisão e também deverá indenizar a família da vítima em R$ 80 mil. O juiz da sentença afirma que a indenização se faz necessária pelas consequências que o crime causou à família.

A vítima deixou esposa e um filho ainda criança.

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