Inovação, ciência e tecnologia a serviço do desenvolvimento de Valadares

O secretário municipal Hilton Manoel Ribeiro destaca que o trabalho de reimaginar o desenvolvimento do município tem sido feito

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SMDCTI) é a pasta responsável pela política de desenvolvimento econômico e também por uma nova abordagem na política pública local, que envolve a inserção do eixo ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo. De acordo com o secretário da SMDCTI, professor Hilton Manoel, o trabalho tem sido realizado para reimaginar o desenvolvimento da cidade.

A antiga Secretaria Municipal de Desenvolvimento (SMDE) passou a se chamar Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SMDCTI), a partir da aprovação da Lei Complementar 264, de 13 de julho de 2020. Dias antes da mudança, a Prefeitura de Valadares inaugurou o Parque Científico e Tecnológico Figueira do Rio Doce, um espaço para reunir o poder público, entidades e universidades para a produção de projetos coletivos, reforçando Governador Valadares como polo de inovação em Minas Gerais.

Segundo o professor Hilton Manoel, foram criadas algumas frentes de trabalho na SMDCTI, uma na área do desenvolvimento econômico de base tradicional e outra na área de inovação, a partir da existência de dois departamentos.

“Não houve ampliação de cargos ou gastos, mas sim uma reestruturação da secretaria. Assim, um avanço na política pública de desenvolvimento já foi atendido, que foi incluir a política de ciência, tecnologia de inovação para colaborar com o amadurecimento do ecossistema de inovação valadarense, algo até então não planejado pelo município. O prefeito André optou e desejou que essa nova proposta tivesse continuidade nessa gestão atual, dado que é transversal a todo processo de desenvolvimento local e regional. Estamos preocupados tanto com os negócios tradicionais de vocação do município como também com a inserção de tecnologia e inovação, em colaboração com as universidades locais, nos diversos setores produtivos valadarenses, como, por exemplo, turismo, saúde, construção civil, varejo e serviços de forma geral, dentre outros”, esclareceu.

O secretário municipal explica ainda que sua linha de trabalho está atrelada ao desenvolvimento local, especialmente incorporando o eixo da ciência, tecnologia e inovação, acreditando que isso seja uma das soluções para o desenvolvimento da cidade.

“Se não houver investimento em ciência, tecnologia e processos inovadores e empreendedores em todos os setores produtivos da cidade, ampliando o valor agregado dos bens e serviços, dificilmente vamos conseguir elevar nossa renda média, o que também impede que tenhamos ciclos econômicos mais virtuosos. É necessário incorporar a ciência e a tecnologia aos setores de varejo, saúde, construção civil e serviços de forma geral. Se pensarmos que precisamos melhorar a qualidade do capital humano em todos os setores estratégicos da cidade, bem como integrar mais as universidades desses setores, podemos imaginar o desdobramento disso ao longo do tempo, com a melhoria da dinâmica econômica da cidade, a partir de uma melhoria sistêmica dos negócios e da renda da população”, disse.

Hilton Manoel crê que a inserção de ciência, tecnologia e inovação em todos os setores produtivos da cidade ajudará no desenvolvimento de Valadares (Foto: Divulgação)

Para exemplificar a importância da inserção de ciência, tecnologia e inovação para a melhoria de valor agregado nos produtos e serviços, o professor cita o setor de saúde.

“O município já é um grande ‘player’ em serviços de saúde, atendendo mais de 50 municípios. Podemos nos tornar uma grande referência em negócios e tecnologia de saúde. Basta que se crie um ambiente propício para isso. Criando um ambiente de negócio e tecnologia de saúde, você atrai e fixa um capital humano que é melhor remunerado e que é capaz de promover mudanças de longo prazo. Quanto maior a renda média, com melhor distribuição desta, melhor para a economia local. Então, precisamos intensificar projetos que sejam capazes de melhorar o valor agregado de produtos e serviços locais”, prevê.

O secretário municipal revela que existe uma confusão sobre o entendimento de que a cidade, para se desenvolver, precisa de uma indústria.

“Existe toda uma teoria do desenvolvimento econômico baseado na existência de indústria motriz que vai gerar encadeamentos em todos os setores. Creio que não precisamos nos apegar à falta da grande indústria. Temos políticas municipais na área do desenvolvimento para atrair indústrias, em setores estratégicos. No ano passado foi aprovada uma lei municipal para criação de um novo distrito industrial. O que precisamos é construir uma política de atração de empresas e melhorar nosso ambiente de negócios, torna-lo mais atrativo, melhorar o nosso ambiente de interação das empresas com as universidades locais, garantir uma melhor conexão com esse capital de mais intensivo em conhecimento”, afirmou.

Sobre os impactos da pandemia, Hilton Manoel entende que isso tem afetado a economia, e as previsões para o Brasil ainda apontam um ritmo fraco do PIB para o próximo trimestre. Por isso é tão importante pensar em estratégias, setor a setor, para reduzir o efeito da crise sobre os negócios locais.

“Precisamos pensar em quais são as alternativas em cada setor, mas não estou dizendo que isso deve ser pensado somente para o curto prazo. Quais as alternativas daqui pra frente para manter a geração de renda? Como inovar e melhorar a ponto de você conseguir retomar gradualmente suas atividades? Isso serve para a maior parte dos setores. Três pontos são importantes nesta hora: criatividade, inovação e cooperação. Se não houver um ambiente cooperativo, não conseguiremos avançar para resolver os impactos negativos da pandemia”, avalia.

De acordo com o secretário municipal, a SMDCTI tem ajudado na captação de pessoas quando empresas lançam vagas no mercado de trabalho e buscam suprir essa demanda no banco de empregos da Prefeitura. Além disso, tem a nova proposta de estar em conexão com outras áreas da sociedade, como as startups, as empresas de tecnologia, as comunidades universitárias, a sociedade civil e empresarial de forma geral.

“Nós vamos nos aproximar cada vez mais desses grupos, com propostas mais personalizadas. O nosso propósito é reimaginar o desenvolvimento da cidade, pensando na importância do eixo de ciência, tecnologia e inovação. A mensagem que eu quero deixar, considerando que a gente vive uma pandemia, considerando que a gente precisa pensar em geração de emprego e renda, é que precisamos construir um ambiente de cooperação, entre as diversas instituições locais, para garantir de fato um transbordamento de conhecimento para todos, garantindo um processo de transformação econômica e social sustentável”, destaca Hilton Manoel.

Recentemente, a Prefeitura de Valadares divulgou que o município é o 16ª do interior brasileiro com maior número de startups, segundo a StartupBase, base nacional de dados do ecossistema elaborada pela Associação Brasileira de Startups, além de possuir bons exemplos em saúde e bem-estar, como o Hansenapp, Pedalgel e o Banho Baby.

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