Hospital Bom Samaritano realiza mutirão de cirurgia coclear para desafogar fila provocada pela pandemia

A suspensão de cirurgias eletivas durante o período mais crítico da pandemia da covid-19 impactou em uma demanda reprimida dos últimos dois anos, e muitos pacientes não puderam ser atendidos, como é o caso de quem aguardava as cirurgias para implante coclear, usado por pessoas que sofrem de perda auditiva ou hipoacusia (diminuição da capacidade auditiva).

A fim de reduzir a fila de pacientes em espera e melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem com problemas auditivos, o Hospital Bom Samaritano (HBS) pretende, em 30 dias, realizar nove cirurgias cocleares. Número é maior do que praticado normalmente, que é de duas cirurgias de implante por mês. Segundo o Hospital, as cirurgias serão  financiadas integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Estamos abrindo novos horários, na tentativa de diminuir a espera por cirurgias que ficaram represadas. Vamos realizar algumas este mês e outras pessoas já estão fazendo os exames pré-operatórios. Sem o mutirão, muitos podem perder um tempo precioso no seu tratamento da surdez, principalmente as crianças”, explica Emerson Monteiro, médico otorrinolaringologista, empolgado com a possibilidade de atender as necessidades dos pacientes que aguardam pela cirurgia coclear.  

De acordo com o Hospital, dos procedimentos agendados, dois são de implante bilateral, ou seja, o paciente, com idade igual ou inferior a três anos, vai receber, durante a cirurgia, um aparelho para o lado direito e outro para o lado esquerdo. Os sete restantes são de implantes unilaterais, para pacientes com idade maior que três anos. Nesse caso, realizam um implante por vez. 

Sobre o implante

O implante coclear é um aparelho eletrônico digital que pode restaurar a função auditiva nos pacientes portadores de surdez severa profunda que não se beneficiam de próteses auditivas convencionais. 

O implante funciona estimulando diretamente o nervo auditivo através de pequenos eletrodos colocados dentro da cóclea. Esses estímulos são levados via nervos auditivos para o cérebro. 

Esse implante pode ser realizado a partir dos seis meses de vida, somente contraindicado em pacientes que possuem alguma má formação de coclear ou ausência de nervo ativado, diagnóstico possível através de exames como a ressonância magnética e a tomografia.

O implante é realizado pelo SUS, mas o tempo de espera depende de cada caso e da fila. Geralmente, demora de três a cinco meses, após a pessoa ter passado por avaliação. Crianças têm prioridade na solicitação. 

O custo varia de acordo com o avanço do aparelho – modelos mais simples, 45 mil, e mais avançados chegam a 90 mil reais. O SUS e os planos de saúde cobrem cirurgia e aparelho. 

Informações sobre o implante coclear: Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde.

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