Gasolina e álcool já começam a apresentar redução nos preços em Valadares

Após um significativo aumento nos preços da gasolina e do álcool, no início e metade do mês de maio, os valores dos combustíveis começam a cair. De acordo com especialistas, a queda se deve ao crescimento da safra de cana-de-açúcar, que foi prejudicada nos últimos meses por causa da seca em algumas regiões do país. Eles ainda afirmam que o ápice dos preços já ocorreu e, agora, em contrapartida, a tendência é que continuem caindo, a partir do começo de junho. A expectativa é de que em Minas as usinas aproveitem essa redução para produzir cerca de 1,8 bilhão de litros de etanol hidratado em 2021.

O litro da gasolina comum, ao longo de maio, chegou a sair, em média, por R$ 5,59; o do etanol, por R$ 4,15, em média; e o do óleo diesel, por R$ 4,49. Em comparação ao ano de 2020, a gasolina sofreu um aumento de R$ 2,30, e o etanol, de R$ 1,73.

Os valadarenses vêm aguardando de forma ansiosa a queda nos preços. Alguns motoristas reclamam que o preço se tornou absurdo, seja para quem usa como instrumento de trabalho ou apenas para locomoção e lazer.

Para Fernando Cardoso, que trabalha como mototaxista e, por isso, faz uso da motocicleta diariamente, como ferramenta de trabalho, a redução é uma forma de tentar recuperar o prejuízo. “Eu espero que reduza mais [os preços]. Quando os preços subiram, tive que me adaptar, levando prejuízo. Se repassasse os preços para os clientes, não conseguiria uma renda nem pra comprar café. Nós temos uma das gasolinas mais caras do mundo. É uma vergonha isso, porque somos produtores. Aqui pagamos mais caro para eles venderem ela mais barata lá fora”, critica.

Nayla Lopes costumava a usar o carro para se locomover até o local de trabalho, mas, com o aumento no valor do combustível, viu-se obrigada a se adaptar a novas formas de transporte. Agora espera voltar a utilizar o veículo como antes.

“No caso dos preços dos combustíveis é complicado, porque [o veículo] é uma coisa que precisamos para nos locomovermos, né? Então, infelizmente, somos reféns deles e do preço que colocarem. O que tenho feito é tentado sair pegando sempre carona com outra pessoa, para não termos que ir em dois carros, ou usar Uber, que acaba saindo mais barato. Considerando o aumento enorme que teve, espero que logo o preço esteja diminuindo mais, ou veremos outras greves por aí, porque não dá nem para trabalhar com esse valor”, concluiu.

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