Direção da Graffite avalia prejuízos de incêndio em galpão no Distrito Industrial

Com outro incêndio que atingiu uma borracharia no Turmalina praticamente no mesmo horário, Corpo de Bombeiros explica como foi a atuação para suprir a demanda

O Corpo de Bombeiros teve muito trabalho para suprir a demanda de duas ocorrências de incêndio simultâneas no último sábado (26). No caso do incêndio do galpão da Graffite no Distrito Industrial, os prejuízos ainda não foram mensurados. No incêndio que atingiu uma borracharia no Turmalina, uma vítima chegou a ser conduzida ao hospital com queimaduras.

A gerente de negócios da Graffite, Juliana Ramalho, entende que ainda é muito cedo para fazer uma avaliação dos prejuízos decorrentes do incêndio que atingiu o galpão de móveis da empresa e espera avaliação da perícia.

“Já acessamos o seguro, mas ainda está muito cedo para dizer qual foi o total de prejuízo. Temos cinco galpões aqui, mas o incêndio só atingiu um deles, o de móveis, que teve perda total. Só depois da perícia que vamos analisar o que poderá ser feito em relação ao galpão atingido pelo incêndio. No dia do incêndio todos os funcionários estavam de folga. Também tivemos que passar o fim de semana nos revezando para vigiar possíveis focos de incêndio. Ainda estamos tentando restabelecer a energia aqui e, por enquanto, só tem na parte da recepção, além de estarmos sem telefone e internet”, contou.

Bombeiros durante o trabalho de eliminar o incêndio em borracharia no Turmalina (foto: Divulgação Corpo de Bombeiros)

Incêndio na borracharia aconteceu primeiro

Sobre o incêndio na borracharia no bairro Turmalina, o 1º sargento Winder Junior, coordenador de Bombeiro de Unidade (CBU) do 1º pelotão, explica como foi o trabalho realizado no local: “Chegamos ao local e a borracharia estava tomada pelas chamas, mas principalmente pela fumaça densa, oriunda do material que estava sendo queimado. A princípio, iniciamos o combate direto, para minimizar a temperatura no ambiente. A fumaça foi o principal agravante na ocorrência, tendo em vista que o local é fechado e pequeno, situação que dificultou o combate direto às chamas. Iniciamos um procedimento de ventilação forçada da parte de cima e conseguimos liberar um pouco da fumaça, que permitiu a nossa entrada dentro da borracharia. Em seguida, iniciamos um procedimento de ventilação com um jato de água neblina, fazendo com que essa fumaça saísse de dentro do local. Eliminamos um pouco da fumaça e conseguimos eliminar o incêndio”.

A Defesa Civil avaliou o imóvel por completo, e os dois apartamentos que ficam em cima da borracharia não têm risco de colapso. Só a oficina no térreo foi interditada.

Estrutura de apartamentos que ficam em cima de borracharia não foi afetada (Foto: Divulgação Corpo de Bombeiros)

Segundo incêndio foi no galpão de móveis da Graffite

Winder Junior conta como foi o panorama encontrado logo na chegada para combater o segundo incêndio. De acordo com o sargento, quando chegaram ao local, o galpão estava praticamente tomado pelas chamas, impossibilitando qualquer tipo de tentativa de combate e de minimizar incêndio naquele momento. Com essa situação, precisaram intervir para que o fogo não se alastrasse para um segundo galpão.

“A preocupação maior foi confinar esse incêndio nesse galpão de móveis, para que não pudesse passar para outro galpão que tinha material de papelaria, uma vez que eles eram interligados. Começamos o trabalho com a viatura que tínhamos no momento. Posteriormente chegou a outra viatura, que continuou o combate direto às chamas. Tivemos um apoio de edificação lateral e foi feita uma linha direta, para poder fazer um pouco do combate por trás do galpão. Depois que a gente finalizou as chamas altas, com ajuda de uma retroescavadeira, iniciamos aberturas laterais das paredes para facilitar a ventilação e tentar um pouco do rescaldo no local”, informou.

Incêndio no galpão da Graffite começou quando os bombeiros realizavam o rescaldo na borracharia

Sobre atender duas ocorrências de incêndio de grande proporção simultaneamente, Winder Junior ressalta o apoio do SAAE com caminhões pipa, além de considerar uma sorte o segundo incêndio ter começado já na fase final do trabalho no primeiro.

O atendimento das duas ocorrências simultâneas só foi possível pelo apoio que o SAAE nos deu. Enquanto uma bomba combatia o incêndio na borracharia, o outro foi deslocado para o incêndio do galpão da Graffite. Tivemos a sorte que o segundo incêndio, no caso o do galpão da Graffite, ter iniciado quando já estava quase na fase do rescaldo do incêndio na borracharia”, comentou.

Winder Junior ainda salienta que existe uma lei estadual que versa sobre a prevenção e combate de incêndio, e toda edificação, para funcionamento, precisa da liberação do Corpo de Bombeiros. “Não adianta nada ter a liberação do Corpo de Bombeiros se internamente não for colocado em prática o que foi acordado do projeto enquanto da necessidade dele. Cada edificação tem suas características que devem ser levadas em conta na hora da execução do projeto de combate a incêndio”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM