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Dia Universal do Palhaço celebra arte e alegria que transcendem gerações

FOTO: Ilustração / Freepik

GOVERNADOR VALADARES – Marcados pelas roupas coloridas, maquiagens exageradas e comportamentos engraçados. Há gerações os palhaços utilizam a comédia, a música, a mímica e outras técnicas para entreter o público. E, para homenagear os artistas, no dia 10 de dezembro é celebrado o Dia Universal do Palhaço.

Sendo uma das profissões mais antigas do mundo, a história dos palhaços remonta à antiguidade. No Egito, por exemplo, havia os chamados “bufos”, que se apresentavam em cerimônias religiosas e festivais. Na Idade Média, os palhaços eram frequentemente associados a corte real, onde se apresentavam para divertir os nobres.

Em território brasileiro, os palhaços são figuras culturais e importantes, desenvolvendo papeis, muitas vezes, educativos. Eles são presença constante nos circos, mas também se apresentam em teatros, hospitais, escolas, festas de aniversários e outros locais.

O valadarense Jurandi Rodrigues dos Santos, de 55 anos, interpreta o personagem Boboff há cerca de 40 anos e, segundo ele, a profissão de palhaço é muito gratificante. “É uma sensação maravilhosa ver a alegria no rosto das pessoas. Eu sinto que estou transformando o dia delas”, diz. “O Boboff é um palhaço alegre e divertido. Ele não dá cambalhotas, nem faz mágicas, mas também não deixa espaço para a tristeza”, conta o ator.

Jurandi ainda dançava no trenzinho da alegria, onde começou sua vida artística aos 15 anos, quando iniciou o processo de criar a personagem. Contudo, foi em meados de 1994 que surgiu o Boboff, que levou o valadarense a viajar pelo mundo como palhaço. “Com a criação do Boboff, dei inicio a minha carreira e, no caminho, tive o prazer de me apresentar em diversos eventos e até na televisão. Algumas experiências são únicas, como a época em que apresentei um programa em um canal de TV internacional, em Moçambique, na África Oriental”.

FOTO: Arquivo pessoal / Jurandi Rodrigues

Para o artista, ser palhaço é levar alegria e esperança a pessoas de todas as idades e condições sociais. Segundo Jurandi, os palhaços também podem ser utilizados como ferramenta de educação e conscientização. “Os palhaços são artistas que usam sua arte para fazer as pessoas rirem, esquecerem dos problemas e se sentirem felizes. Eles podem atuar em diversos contextos e serem ferramentas de educação e conscientização”.

A cura por meio do riso

Assim como o Boboff, um grupo de palhaços tem levando alegria e cura a pacientes do Hospital Municipal de Valadares. O projeto “Anjos da Alegria”, da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), existe há sete anos e é formado por alunos e professores de diversas áreas, como pedagogia, fisioterapia, enfermagem e odontologia. “Nosso objetivo é desenvolver um ambiente hospitalar com foco na humanização, levando aos pacientes, sobretudo às crianças, o direito à arte e cultura e levar a cura por meio do riso”, explica o palhaço Furreca, que ganha vida com a atuação do professor Valdicélio Martins, responsável pelo projeto.

As atividades realizadas pelo projeto são jogos e reprises da arte da palhaçaria, músicas do cancioneiro popular e brincadeiras que interagem com os pacientes, acompanhantes e funcionários do hospital. “O impacto é muito positivo para todos os envolvidos”, afirma o professor. “As crianças ficam nos esperando quinzenalmente. Em curto prazo, percebemos os sorrisos e as interações com os palhaços”.

Crianças que passam muitos dias no ambiente hospitalar esboçam movimentos e vontade de seguir no processo de cura. Os acompanhantes também são beneficiados pelas atividades do projeto. “Eles passam a explorar outro universo, o da ludicidade”, diz Furreca. “Brincam e se divertem esquecendo do ambiente, muitas vezes hostil, que estão.”

Nos anos de atuação, o projeto já formou mais de 120 alunos e, segundo o professor, é benéfico para os alunos uma vez que ele oferece uma oportunidade de aprender a importância da compaixão e do voluntariado.

“Muitos acadêmicos acham que quando se formarem vão para seus consultórios, escolas ou escritórios e esquecem de trabalhar com amor. O projeto mostra que, independente de onde estiver, seu palhaço estará com você para mostrar que rir é o melhor remédio para curar doenças não físicas. A gente cura o coração, a alma que está aflita e rir disso tudo torna o caminho mais leve para a cura.”

FOTO: Anjos da Alegria / Univale

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